Certamente você já ouviu falar nos veículos autônomos, que são uma das principais tendências do futuro. Mas engana-se quem pensa que encontraremos tais veículos apenas nas nossas ruas e estradas. A automação na gestão industrial também tem tido um impacto revolucionário no setor, a ponto de transformar a forma como elas operam, visando maior eficiência operacional.
Neste artigo, convidamos você a entender o que são veículos autônomos, como funcionam e suas vantagens para a operação do ambiente industrial.
Um veículo autônomo nada mais é do que um veículo que tem a capacidade de se movimentar sem a necessidade de intervenção humana para seu controle ativo da direção.
Para que isso seja possível, algumas tecnologias estão embarcadas nos veículos, com destaque para sistemas de manutenção e mudança de faixa, controlador de velocidade, GPS dedicado, sensores diversos e câmeras que geram informações sobre o entorno do veículo.
São equipados também com computadores e algoritmos de inteligência artificial que, em função de milésimos de segundos, fazem um diagnóstico da situação e realizam ações “por contra própria”, como desviar de um obstáculo ou frear diante de uma situação de perigo.
Segundo relatório da Mordon Intelligence o mercado de veículos autônomos é crescente. Estimado em US$ 33,48 bilhões em 2023, o mercado global desses veículos deverá atingir US$ 93,31 bilhões até 2028.
No entanto, é preciso salientar que não existe apenas uma classificação para designar os veículos autônomos. A SAE J3016, por exemplo, é uma norma que define a terminologia para veículos automatizados, incluindo os 5 níveis de automação SAE, assim resumidos:
É o nível mais baixo de automação. Nele, o veículo realiza algumas funções sem o auxílio humano, como manutenção de aceleração, piloto automático e assistente de manutenção em faixa, mas a direção ainda depende do motorista.
Nessa etapa, o veículo é capaz de acelerar, frear e se manter dentro das faixas em situações seguras e por um tempo determinado. Mas ainda exige atenção do condutor em situações de emergência.
Os veículos são equipados com radares e/ou câmera que oferecem um monitoramento ativo, demandando ações dos sistemas de freio e direção.
É o nível de disrupção. Nele, os veículos autônomos assumem tarefas de direção e se guiam sozinhos. Entretanto, o condutor ainda precisa se manter atento para assumir a direção sempre que solicitado.
Neste nível, o motorista pode usar o celular, trabalhar e verificar outras variáveis dissociadas da direção, já que o controle da direção é do próprio veículo. Porém, só funciona em trajetos pré-definidos.
Ao identificar uma situação de emergência, o sistema pode solicitar o comando do motorista. Mas, ele já é capaz de reagir, caso o condutor não assuma o controle.
Esse é o nível que indica que o veículo é 100% autônomo! Nele, todos são passageiros, já que nenhuma interferência será necessária. O veículo é capaz de virar em esquinas, estacionar em vagas, parar em faróis e tomar decisões diante de uma emergência.
Talvez os veículos autônomos ainda demorem para chegar às estradas e ruas brasileiras, já que elas ainda não estão preparadas para a automação. Prova disso é que a legislação vigente ainda não autoriza o uso de carros autônomos nas vias sem interferência do ser humano.
Diante dos muitos impasses, montadoras estão priorizando a operação de veículos autônomos em ambientes controlados, caso das indústrias. Com eles, as empresas buscam maior eficiência da gestão sem negligenciar a segurança.
A área de armazéns das indústrias pode ser bastante beneficiada com os veículos autônomos. Nesse ambiente, eles serão bastante úteis para a movimentação de cargas.
Assim sendo, os veículos são diferentes dos carros e caminhões tradicionais, sendo utilizados modelos menores. Caracterizados como robôs, tais veículos têm a capacidade de transportar mercadorias entre as prateleiras, levando-as para as áreas de expedição.
Ou seja, os veículos possuem autonomia suficiente para transitar apenas nas ruas internas do armazém, aliando eficiência operacional, com agilidade e total segurança.
A tendência é que, com o avanço da tecnologia, os benefícios da automação na gestão industrial continuem avançando.
Podemos esperar uma crescente integração da inteligência artificial visando a melhoria da autonomia, segurança e eficiência desses veículos em diversas aplicações e setores que vão além da gestão industrial.
A automação também está chegando na manutenção industrial. Leia nosso artigo para entender o que é e como implementar.