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06/08/2024
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Sistemas de Informação Geográfica para Florestas: saiba tudo! 

Sistemas de Informação Geográfica

Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são a resposta para muitas perguntas sobre como as empresas de logística traçam suas rotas, como os meteorologistas preveem o tempo ou como os engenheiros florestais gerenciam a frota. Você já se perguntou sobre esses processos?

O SIG faz referência as ferramentas computacionais de geoprocessamento que realizam análises complexas ao integrar informações diversas e criar bancos de dados georreferenciados. 

No setor florestal, o SIG torna-se fundamental para as tomadas de decisões a curto, médio e longo prazo, como por exemplo a definição de uma rota alternativa de escoamento de produção devido a inundações ou quedas de barreira. 

Confira neste artigo o que são os Sistemas de Informação Geográfica e como eles são utilizados em diferentes setores, com destaque para o florestal. Vamos lá? 

O que são os Sistemas de Informação Geográfica? 

Os Sistemas de Informação Geográfica, ou simplesmente SIG, são um conjunto de sistemas de softwares e hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar informações diversas sobre o espaço geográfico. 

Diante disso, na sua organização base, os SIG incluem elementos chave. Eles são divididos em cinco subsistemas:  

  • Dados: principal matéria-prima necessária para o trabalho em SIG; 
  • Métodos: conjunto de formulações e metodologias que são aplicados sobre os dados; 
  • Software: aplicação informática open source ou licenciado que trabalha com os dados e implementa os métodos anteriores; 
  • Hardware: equipamento físico necessário para permitir o funcionamento do software (computadores); 
  • Pessoas: profissionais que desenham, organizam os dados e utilizam o software, sendo o motor dos SIG. 

Também utilizam a ciência geoespacial e ferramentas baseadas na localização geográfica. Com isso, é possível compreender e extrair informação a partir de diferentes fontes de dados, facilitando a sua interpretação. 

O SIG é também o produto de:  

  1. Mapas temáticos;  
  1. Imagens de satélites;  
  1. Cartas topográficas;  
  1. Gráficos; 
  1. Tabelas.  

Esses produtos são importantes para a análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter-relações entre diferentes fenômenos espaciais. 

Breve histórico sobre o Sistemas de Informação Geográfica (SIG ): saiba tudo!

O SIG, como conhecemos atualmente, teve sua origem com o desenvolvimento do Canadian Geographic Information System (CGIS), ocorrido no início dos anos de 1960.  

Na época, três fatores propiciaram a criação dos sistemas de informações geográficas:  

  1. Refinamentos na técnica cartográfica;  
  1. Rápido desenvolvimento dos sistemas computacionais digitais;  
  1. Revolução quantitativa na análise espacial.  

Esses fatores ajudaram no fornecimento de ferramentas analíticas, assim como o estímulo aos pesquisadores e profissionais em uma variedade de aplicações.  

Porém, nos anos de 1960 e início de 1970, o SIG era ainda restrito a um pequeno grupo de usuários, especificamente devido ao seu alto custo e limitações técnicas relacionados aos equipamentos computacionais. 

Já nos anos de 1970 o SIG rapidamente se desenvolveu, advindo do aumento da capacidade computacional e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas, tais como:  

  • Sensoriamento remoto;  
  • Sistema de gerenciamento de banco de dados;  
  • Cartografia digital;  
  • Processamento de imagens;  
  • Fotogrametria;  
  • Projeto assistido por computador (Computer Aided Design – CAD).  

Na segunda técnica dos anos de 1980, o SIG ganhou muito espaço, devido a dois fatores principais: o desenvolvimento significativo dos microprocessadores e a proliferação de softwares de baixo custo.  

Esses fatores propiciaram a emergência comercial do SIG como uma nova tecnologia de processamento de informações, oferecendo capacidades únicas de automação, gerenciamento e análise de uma variedade de dados espaciais. 

Atualmente, a preocupação crescente pelas questões ambientais tem requerido a utilização do SIG de forma cada vez mais usual, por ser uma poderosa ferramenta no gerenciamento e planejamento. 

Onde aplicar o Sistemas de Informação Geográfica (SIG)? 

Com o avanço tecnológico, muitas empresas, em campos muito diversificados, utilizam o SIG para fazer mapas que comunicam, realizam análises, compartilham informações e resolvem problemas complexos em todo o mundo. 

Logo, os sistemas de informação geográficas são utilizados pelos órgãos privados e públicos, já que permite a maximização das informações coletadas. Veja a seguir algumas das aplicações do SIG: 

  • Segurança pública: mapeamento de crimes e delitos, aspectos logísticos e planejamento de operações especiais; 
  • Saúde pública: análise de estudos epidemiológicos para tomadas de decisão mais assertivas sobre os serviços de saúde; 
  • Agricultura e silvicultura de precisão: o SIG fornece mapas detalhados de vegetação e produtividade, incluindo informações sobre culturas, para tomar decisões razoáveis; 
  • Gestão ambiental: análise de riscos e elaboração de estudos ambientais; 
  • Redes de utilidades: auxilia a gestão de redes de telecomunicações, redes de eletricidade e gás, gerenciamento de águas; 
  • Transporte: gestão da infraestrutura viária e roteamento. 

Além disso, o SIG é um grande aliado da gestão florestal, como destacaremos ainda neste artigo. 

Quais são as diferenças entre SIG e GPS? 

Na área florestal ou em qualquer segmento, o SIG e o GPS são termos frequentemente confundidos. Entretanto, eles desempenham funções distintas e complementares. Vamos entender melhor cada um. 

Como já destacamos, o SIG trabalha com informações vinculadas a um local específico na superfície terrestre, como mapas, imagens de satélite, dados sobre clima e população. 

Logo, ele vai além da simples localização. Ele permite realizar análises complexas, permitindo comparar diferentes conjuntos de dados, identificar padrões, modelar cenários futuros e criar mapas personalizados. 

O Sistema de Posicionamento Global (GPS), por sua vez, relaciona-se à navegação por satélite que fornece a localização exata de um dispositivo receptor em qualquer lugar da Terra. 

Ele é utilizado para determinar a latitude, longitude e altitude de um ponto específico, sendo essencial para a navegação em veículos, smartphones e outros dispositivos. 

Ainda parece confuso? Veja uma breve comparação. 

O SIG analisa e visualiza dados geográficos, oferecendo uma visão mais ampla e detalhada de um determinado local. Já o GPS fornece a localização exata de um ponto no espaço, sendo essencial para a navegação e o georreferenciamento de dados. 

Com isso, podemos entender qual é a relação entre SIG e GPS.  

O GPS é uma das fontes de dados que podem ser utilizadas em um SIG. Suas coordenadas podem ser inseridas em um SIG para localizar pontos específicos em um mapa e realizar análises mais detalhadas. 

Principais SIGs usados na atualidade 

Os Sistemas de Informações Geográficas são, como vimos, ferramentas indispensáveis para diversas áreas. Com a evolução tecnológica, uma variedade de softwares SIG se tornou disponível, cada um com suas características e funcionalidades específicas. 

Na atualidade, os mais utilizados são ArcGis e o QGIS, que possuem integração com os sistemas da Aiko.

O ArcGIS fornece ferramentas para capturar, visualizar, editar, gerenciar, analisar e compartilhar dados no contexto da localização. Ele inclui acesso a milhares de conjuntos de dados e mapas selecionados que podem ser explorados e aproveitados para análise e insights.  

Essa tecnologia pode ser usada na nuvem, em dispositivos móveis e em desktops para criar mapas, aplicativos, painéis, cenas e modelos 3D e ambientes de ciência de dados. ​ 

O QGIS é um software open source (código aberto) que possibilita a criação de plug-ins programados, permitindo que o usuário possa até contribuir com melhorias para o programa. 

É um programa 100% gratuito, de código aberto, que funciona em multiplataformas. Seu crescimento ocorre por meio de uma comunidade de desenvolvedores voluntários, que mantêm o programa sempre atualizado. 

O SIG na indústria florestal 

No atual contexto, a gestão florestal sustentável é uma necessidade das empresas do segmento. Isso exige conhecimento do território e dos seus recursos, calculando o seu potencial e efetuando um correto planejamento das operações.  

Neste campo o SIG é imprescindível. As tecnologias de sistemas de informações geográficas revolucionaram a forma como os gestores florestais passaram a gerir as suas propriedades e as atividades florestais. 

No setor, o SIG acrescentou uma maior eficiência ao ordenamento florestal. A partir deles, podemos verificar a aplicação desta tecnologia em muitas aplicações, como: 

  • Definição de políticas e estratégias de gestão florestal;  
  • Zonamento do território de acordo com as suas características;  
  • Confrontação com outros instrumentos de planejamento;  
  • Análise da vulnerabilidade contra agentes bióticos e abióticos;  
  • Instalação de infraestruturas florestais;  
  • Desenvolvimento de programas de gestão estratégica dos combustíveis florestais. 

Além disso, as tecnologias SIG se fazem presentes nas muitas etapas da gestão florestal, desde o planejamento, passando pela operacionalização e respaldando a avaliação dos resultados.  

Podemos verificar a sua participação em trabalhos de análise e diagnóstico, inventário florestal, cadastro da propriedade, silvicultura preventiva, projetos de recuperação e na exploração florestal. 

Benefícios do SIG para as operações florestais 

Não há como contestar, os Sistemas de Informações Geográficas revolucionaram a forma como as operações florestais são realizadas. Eles conferem uma gama de benefícios que otimizam a gestão e o planejamento dessas atividades. 

Acompanhe alguns destes benefícios: 

Planejamento e otimização de rotas com o Sistemas de Informação Geográfica:

Os SIGs ajudam a criar mapas detalhados das áreas florestais, identificando as melhores rotas para o acesso, plantio, colheita e transporte de madeira.

Gerenciamento de inventários florestais:

Por meio do georreferenciamento de dados, a localização e as características de cada árvore são mapeadas, facilitando o controle do estoque florestal e a tomada de decisões sobre a exploração.

Monitoramento da saúde da floresta com o Sistemas de Informação Geográfica:

Os SIG auxiliam na identificação de áreas com problemas como pragas, doenças e incêndios. Além disso, imagens de satélite e drones podem ser integradas aos SIG para fornecer informações atualizadas sobre o estado da vegetação.

Análise de dados climáticos:

Ao integrar dados climáticos aos SIG, a empresa florestal pode, dentre outras ações, analisar o impacto das mudanças climáticas nas florestas, identificar áreas mais vulneráveis e desenvolver estratégias de adaptação.

Avaliação de impacto ambiental:

Auxiliam na avaliação dos impactos ambientais, como o desmatamento e a construção de estradas. Isso permite identificar áreas de preservação e minimizar os danos ao ecossistema.

Gerenciamento de riscos:

Utilizados para identificar áreas de risco, como alta declividade ou próximas a cursos d’água, e desenvolver planos de manejo adequados para minimizar problemas. 

Otimização da produção:

Ao integrar dados sobre a produtividade das árvores com informações sobre o solo e o clima, essa tecnologia pode auxiliar na definição das melhores práticas de manejo florestal, aumentando a produtividade e a qualidade da madeira. 

Comunicação e colaboração:

Facilitam a comunicação e a colaboração entre diferentes equipes envolvidas nas operações florestais, como engenheiros florestais, técnicos e proprietários de terras. 

Ou seja, os SIG oferecem uma série de benefícios para as operações florestais, permitindo uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas. 


Quer saber mais? Então acompanhe 3 tipos de tecnologia para o monitoramento florestal e seus impactos. 

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