Bastante dinâmico e com ótimos resultados, o setor agroflorestal teve um ano intenso. Logo, a retrospectiva 2024 tem muita história para contar.
Marcado pelos muitos avanços tecnológicos, expansão sustentada, priorização do desenvolvimento sustentável e a implementação de novas políticas e regulamentações, o ano para o setor foi excelente.
E, nada melhor do que explorar os principais acontecimentos que moldaram o setor.
Neste artigo, destacaremos as inovações que impulsionaram o crescimento e as tendências que devem continuar a influenciar o futuro. Acompanhe!
Assim como ocorreu em outros segmentos, como o agronegócio e a indústria, as tecnologias 4.0 foram protagonistas no setor florestal. Elas desempenharam um papel crucial na transformação do setor florestal em 2024.
Muitas soluções inovadoras foram aperfeiçoadas para:
Entre os principais marcos tecnológicos presentes na retrospectiva 2024, destacaram-se:
A IA trouxe precisão e poder de decisão sem precedentes para o setor.
O uso de algoritmos avançados permitiu a análise de grandes volumes de dados, desde o monitoramento do crescimento das árvores até a previsão de riscos de incêndio e otimização logística.
Também auxiliaram na identificação de pragas e doenças, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes.
A transição para plataformas digitais de cotação de insumos é outra inovação que revolucionou a forma como as empresas adquiriram seus recursos.
A digitalização proporcionou maior transparência, agilidade e competitividade nos preços, além de facilitar a gestão de estoques e a rastreabilidade dos produtos.
Em um movimento crescente nas florestas, a IoT impulsionou a automação no setor florestal.
O uso de sensores conectados em máquinas e equipamentos permitiu a coleta de dados em tempo real sobre muitas variáveis, com destaque para:
Todas essas inovações permitiram a otimização das operações e reduziram custos.
A tecnologia blockchain também começou a ser utilizada com mais afinco no setor agroflorestal em 2024.
Ela garantiu maior transparência e segurança na rastreabilidade dos produtos florestais, desde a origem na floresta até o consumidor final.
Tal fato fortaleceu a confiança na cadeia produtiva, a ponto de auxiliar no combate à extração ilegal e na promoção de práticas sustentáveis.
Os drones, satélites e outras tecnologias de sensoriamento remoto forneceram informações detalhadas sobre as florestas, como:
Esses dados, quando analisados por softwares especializados, foram essenciais para o planejamento estratégico, a tomada de decisões e o monitoramento do impacto ambiental, tornando a operação mais sustentável.
De grande relevância para o Brasil, o mercado florestal nacional vem se destacando como um importante pilar para a economia do país.
No início de 2024, as projeções eram bastante promissoras, especialmente devido à crescente união entre a tecnologia e a sustentabilidade.
E, nesta retrospectiva 2024, podemos afirmar que essa relação moldou e impulsionou o setor de maneira significativa, principalmente no que diz respeito a eficiência operacional e, também, o compromisso com ações ecologicamente corretas.
Durante todo o ano, o mercado agroflorestal demonstrou um crescimento notável, impulsionado pela maior demanda por práticas agrícolas sustentáveis e pela busca por soluções para os desafios climáticos.
A combinação de produção agrícola com a conservação de florestas ofereceu uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos. Tal fato tem atraído a atenção de agricultores, investidores, governos e consumidores.
A tendencia para 2025 é que estes pontos persistam e sejam aperfeiçoados.
O ano de 2024 foi extremamente positivo para o mercado agroflorestal. Diversos fatores contribuíram para esse cenário, incluindo:
Além disso, alguns avanços colocaram o ano de 2024 na história do setor agroflorestal.
Muitos deles foram apresentados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, na sua retrospectiva 2024. Veja:
Realizado na Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, em Rondônia, a concessão permitirá que 17 mil hectares de terra degradados sejam restaurados por um parceiro privado, gerando empregos e renda para a população local.
No projeto, estão previstos investimentos de mais de R$ 600 milhões entre a restauração e a manutenção das áreas. Isso permitirá o sequestro de 6,5 milhões de toneladas de carbono equivalente.
Idealizado na Floresta Nacional de Irati, no Paraná, a área, de 3.018,45 hectare, que integra a Unidade de Manejo Florestal (UMF) I, será recuperada por meio da extração e substituição das espécies exóticas.
Há, inclusive, a possibilidade de uso de crédito de carbono como receita acessória.
Por meio das concessões florestais, o SFB repassou R$ 27 milhões a estados e municípios, sendo a maior parte para os estados do Pará e Rondônia.
Essa é uma plataforma online que disponibiliza um panorama geral da regularização ambiental com foco em dados e informações sobre:
Com isso, foi possível:
As novas políticas e regulamentações implementadas em 2024 tiveram um impacto significativo no setor florestal.
Seus agentes presenciaram importantes movimentos em suas políticas e regulamentações, com destaque para o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF) e suas ações.
Abaixo, veja as principais mudanças e iniciativas políticas e regulamentares do setor:
O PNDF focou no aumento da área de árvores cultivadas para fins comerciais, promovendo o setor por meio da Política Agrícola de Florestas Plantadas (Decreto Nº 8.375/2014) e impulsionando as cadeias produtivas florestais.
Isso trouxe reflexos positivos nos âmbitos social, econômico e ambiental.
Além disso, para o desenvolvimento sustentável do setor, este plano se alinhou com o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e com o Plano de Transformação Ecológica.
Em 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária lançou três ações dentro do Plano Floresta+Sustentável.
O foco foi contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas e consolidação da política agrícola florestal brasileira.
Essa é uma ferramenta de acesso público com dados atualizados e verificáveis do setor de árvores cultivadas em todos os biomas do Brasil. Sua função é mapear a extensão, produção e economia florestal brasileira.
Assim, ficou claro que o ano foi de avanços para o setor de florestas plantadas no Brasil, com o lançamento de planos e ferramentas que visam o desenvolvimento sustentável da atividade.
Diversas tendências, já observadas por todo o ano de 2024, devem continuar a influenciar o setor florestal em 2025. Dentre elas, se destacam:
A busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis e materiais convencionais deve impulsionar a bioeconomia.
Com isso, a biomassa florestal, destinada à produção de energia, bioplásticos e outros bioprodutos, deve ganhar espaço;
O mercado de créditos de carbono deve se fortalecer, com a valorização da conservação florestal e do manejo sustentável, como estratégias para a mitigação das mudanças climáticas;
A ILPF deve continuar a crescer, com a adoção de sistemas integrados que combinam a produção agrícola, a pecuária e o plantio de árvores.
Tal fato promoverá a diversificação da renda e a recuperação de áreas degradadas.
A crescente preocupação com questões ambientais, sociais e de governança (ESG) deve continuar a influenciar as práticas do setor.
Consequentemente, as empresas do segmento devem adotar critérios mais rigorosos de sustentabilidade e responsabilidade social.
Diante de tudo que vimos até aqui, o ano de 2024 apresentou grandes avanços para o setor agroflorestal, impulsionado pela tecnologia, pelo mercado e por políticas públicas.
As tendências futuras indicam que os próximos meses serão promissores, com o setor florestal desempenhando um papel cada vez mais importante na economia e na busca por um desenvolvimento mais sustentável.
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