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14/01/2025
9 min de leitura
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Retrospectiva 2024: avanços tecnológicos e da sustentabilidade para o setor agroflorestal 

Retrospectiva 2024

Bastante dinâmico e com ótimos resultados, o setor agroflorestal teve um ano intenso. Logo, a retrospectiva 2024 tem muita história para contar.  

Marcado pelos muitos avanços tecnológicos, expansão sustentada, priorização do desenvolvimento sustentável e a implementação de novas políticas e regulamentações, o ano para o setor foi excelente. 

E, nada melhor do que explorar os principais acontecimentos que moldaram o setor.  

Neste artigo, destacaremos as inovações que impulsionaram o crescimento e as tendências que devem continuar a influenciar o futuro. Acompanhe! 

A revolução tecnológica no setor agroflorestal 

Assim como ocorreu em outros segmentos, como o agronegócio e a indústria, as tecnologias 4.0 foram protagonistas no setor florestal. Elas desempenharam um papel crucial na transformação do setor florestal em 2024.  

Muitas soluções inovadoras foram aperfeiçoadas para:  

  • Otimizar processos;  
  • Aumentar a eficiência;  
  • Promover a sustentabilidade.  

Entre os principais marcos tecnológicos presentes na retrospectiva 2024, destacaram-se: 

Inteligência Artificial (IA)  

A IA trouxe precisão e poder de decisão sem precedentes para o setor.  

O uso de algoritmos avançados permitiu a análise de grandes volumes de dados, desde o monitoramento do crescimento das árvores até a previsão de riscos de incêndio e otimização logística.  

Também auxiliaram na identificação de pragas e doenças, permitindo intervenções mais rápidas e eficazes. 

Digitalização da cotação de insumos 

A transição para plataformas digitais de cotação de insumos é outra inovação que revolucionou a forma como as empresas adquiriram seus recursos.  

A digitalização proporcionou maior transparência, agilidade e competitividade nos preços, além de facilitar a gestão de estoques e a rastreabilidade dos produtos. 

Internet das Coisas (IoT)  

Em um movimento crescente nas florestas, a IoT impulsionou a automação no setor florestal.  

O uso de sensores conectados em máquinas e equipamentos permitiu a coleta de dados em tempo real sobre muitas variáveis, com destaque para:  

  • Desempenho;  
  • Consumo de combustível;  
  • Necessidades de manutenção; 
  • Segurança da operação e do operador; 
  • Monitoramento ambiental, ao medir a umidade do solo, a temperatura e outros parâmetros climáticos. 

Todas essas inovações permitiram a otimização das operações e reduziram custos.  

Blockchain na rastreabilidade  

A tecnologia blockchain também começou a ser utilizada com mais afinco no setor agroflorestal em 2024.  

Ela garantiu maior transparência e segurança na rastreabilidade dos produtos florestais, desde a origem na floresta até o consumidor final.  

Tal fato fortaleceu a confiança na cadeia produtiva, a ponto de auxiliar no combate à extração ilegal e na promoção de práticas sustentáveis. 

Sensores remotos  

Os drones, satélites e outras tecnologias de sensoriamento remoto forneceram informações detalhadas sobre as florestas, como:  

  • Todo o mapeamento da biomassa;  
  • Identificação de áreas desmatadas;  
  • Monitoramento da saúde das árvores, entre outras informações. 

Esses dados, quando analisados por softwares especializados, foram essenciais para o planejamento estratégico, a tomada de decisões e o monitoramento do impacto ambiental, tornando a operação mais sustentável. 

A evolução do mercado agroflorestal em 2024  

De grande relevância para o Brasil, o mercado florestal nacional vem se destacando como um importante pilar para a economia do país.  

No início de 2024, as projeções eram bastante promissoras, especialmente devido à crescente união entre a tecnologia e a sustentabilidade

E, nesta retrospectiva 2024, podemos afirmar que essa relação moldou e impulsionou o setor de maneira significativa, principalmente no que diz respeito a eficiência operacional e, também, o compromisso com ações ecologicamente corretas.  

Durante todo o ano, o mercado agroflorestal demonstrou um crescimento notável, impulsionado pela maior demanda por práticas agrícolas sustentáveis e pela busca por soluções para os desafios climáticos.  

A combinação de produção agrícola com a conservação de florestas ofereceu uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos. Tal fato tem atraído a atenção de agricultores, investidores, governos e consumidores.  

A tendencia para 2025 é que estes pontos persistam e sejam aperfeiçoados. 

Fatores que impulsionaram o setor em 2024 

O ano de 2024 foi extremamente positivo para o mercado agroflorestal. Diversos fatores contribuíram para esse cenário, incluindo:  

  • Aumento da demanda por produtos florestais sustentáveis;  
  • Valorização dos serviços ecossistêmicos;  
  • Avanços tecnológicos, como os já apresentados neste artigo. 

Além disso, alguns avanços colocaram o ano de 2024 na história do setor agroflorestal.  

Muitos deles foram apresentados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, na sua retrospectiva 2024. Veja: 

Estruturação da 1ª concessão brasileira de restauração com crédito de carbono 

Realizado na Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, em Rondônia, a concessão permitirá que 17 mil hectares de terra degradados sejam restaurados por um parceiro privado, gerando empregos e renda para a população local.  

No projeto, estão previstos investimentos de mais de R$ 600 milhões entre a restauração e a manutenção das áreas. Isso permitirá o sequestro de 6,5 milhões de toneladas de carbono equivalente. 

Assinatura do primeiro contrato de concessão florestal federal no bioma Mata Atlântica. 

Idealizado na Floresta Nacional de Irati, no Paraná, a área, de 3.018,45 hectare, que integra a Unidade de Manejo Florestal (UMF) I, será recuperada por meio da extração e substituição das espécies exóticas. 

Há, inclusive, a possibilidade de uso de crédito de carbono como receita acessória.  

Por meio das concessões florestais, o SFB repassou R$ 27 milhões a estados e municípios, sendo a maior parte para os estados do Pará e Rondônia. 

Lançamento do Painel da Regularização Ambiental  

Essa é uma plataforma online que disponibiliza um panorama geral da regularização ambiental com foco em dados e informações sobre:  

  • Solicitações de adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA):  
  • Análise dos dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e outros subsídios. 

Com isso, foi possível:  

  • Elevar a transparência ativa em relação à regularização ambiental;  
  • Facilitar a coordenação com outras políticas públicas;  
  • Estimular a participação social e o monitoramento pela sociedade da implementação desta política pública. 

O impacto das novas políticas e regulamentações 

As novas políticas e regulamentações implementadas em 2024 tiveram um impacto significativo no setor florestal.  

Seus agentes presenciaram importantes movimentos em suas políticas e regulamentações, com destaque para o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF) e suas ações.  

Abaixo, veja as principais mudanças e iniciativas políticas e regulamentares do setor: 

Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF) 

O PNDF focou no aumento da área de árvores cultivadas para fins comerciais, promovendo o setor por meio da Política Agrícola de Florestas Plantadas (Decreto Nº 8.375/2014) e impulsionando as cadeias produtivas florestais.  

Isso trouxe reflexos positivos nos âmbitos social, econômico e ambiental. 

Além disso, para o desenvolvimento sustentável do setor, este plano se alinhou com o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e com o Plano de Transformação Ecológica. 

Plano Floresta+Sustentável 

Em 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária lançou três ações dentro do Plano Floresta+Sustentável.  

O foco foi contribuir para o desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas e consolidação da política agrícola florestal brasileira. 

Painel Floresta+ 

Essa é uma ferramenta de acesso público com dados atualizados e verificáveis do setor de árvores cultivadas em todos os biomas do Brasil. Sua função é mapear a extensão, produção e economia florestal brasileira. 

Assim, ficou claro que o ano foi de avanços para o setor de florestas plantadas no Brasil, com o lançamento de planos e ferramentas que visam o desenvolvimento sustentável da atividade.  

Tendências para 2025 do setor agroflorestal 

Diversas tendências, já observadas por todo o ano de 2024, devem continuar a influenciar o setor florestal em 2025. Dentre elas, se destacam: 

Bioeconomia  

A busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis e materiais convencionais deve impulsionar a bioeconomia.  

Com isso, a biomassa florestal, destinada à produção de energia, bioplásticos e outros bioprodutos, deve ganhar espaço; 

Créditos de carbono  

O mercado de créditos de carbono deve se fortalecer, com a valorização da conservação florestal e do manejo sustentável, como estratégias para a mitigação das mudanças climáticas; 

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)  

A ILPF deve continuar a crescer, com a adoção de sistemas integrados que combinam a produção agrícola, a pecuária e o plantio de árvores.  

Tal fato promoverá a diversificação da renda e a recuperação de áreas degradadas. 

Ênfase em ESG  

A crescente preocupação com questões ambientais, sociais e de governança (ESG) deve continuar a influenciar as práticas do setor.  

Consequentemente, as empresas do segmento devem adotar critérios mais rigorosos de sustentabilidade e responsabilidade social

Diante de tudo que vimos até aqui, o ano de 2024 apresentou grandes avanços para o setor agroflorestal, impulsionado pela tecnologia, pelo mercado e por políticas públicas.  

As tendências futuras indicam que os próximos meses serão promissores, com o setor florestal desempenhando um papel cada vez mais importante na economia e na busca por um desenvolvimento mais sustentável. 


Você quer ficar sempre atento ao mercado? Então entenda detalhes das florestas do futuro e a revolução da bioeconomia. 

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