A busca por soluções sustentáveis para a matriz energética brasileira é um desafio constante. E, por meio da inovação de tecnologias, o Etanol de Segunda Geração (E2G) surge como uma alternativa promissora.
Ele é um dos mais novos integrantes das fontes de energias renováveis que aumentam o protagonismo do Brasil no segmento.
Você já ouviu falar no E2G? Neste artigo, vamos explorar essa inovação que promete transformar o setor energético e impulsionar a sustentabilidade.
O etanol de segunda geração, também conhecido como etanol celulósico, é um biocombustível inovador produzido a partir de biomassa vegetal lignocelulósica, principalmente o bagaço da cana-de-açúcar.
Essa biomassa, que antes era descartada, passa por um processo de transformação que a converte em açúcares fermentáveis, que são posteriormente transformados em etanol.
Para sua produção, as seguintes etapas são adotadas:
Outras opções também podem ser convertidas em açúcar, como o amido, encontrado no milho e em outros cereais.
Mas, diante da vasta disponibilidade e da expertise no setor sucroenergético, o Brasil tem papel de destaque na produção do E2G derivado da cana.
Consequentemente, a produção de E2G representa uma oportunidade de agregar valor aos resíduos agrícolas, reduzir custos, gerar novos empregos e aumentar a sustentabilidade da matriz energética nacional.
Você deve estar se perguntando: Quais são as diferenças entre o E2G e o etanol convencional?
Bem, do ponto de vista químico, o etanol de segunda geração (E2G) tem as mesmas características do etanol de primeira geração (E1G). A grande diferença está na forma de produção.
O E2G utiliza biomassa vegetal lignocelulósica e o reaproveitando resíduos vegetais, como o bagaço da cana. Essa biomassa costuma ser obtida a partir do que sobra do processo produtivo do E1G e do açúcar.
Ou seja, o etanol de primeira geração e o açúcar são produzidos a partir da cana-de-açúcar. O etanol de segunda geração, por sua vez, é feito da palha e do bagaço (resíduos da produção de E1G e açúcar).
Além disso, outra grande vantagem do E2G é a capacidade de aumentar em pelo menos 50% a produção nacional de etanol com a mesma quantidade de área já dedicada ao cultivo da cana.
Isso traz ao país maior segurança quanto ao equilíbrio entre oferta de etanol e a de alimentos.
Diante do avanço da tecnologia de processamento, o etanol de segunda geração começa a receber muitos investimentos devido aos seus benefícios ambientais e econômicos. Acompanhe:
Por fim, vale reforçar que o protagonismo e liderança brasileira podem colocar o Brasil no centro das atenções na produção de E2G.
Mesmo com as muitas possibilidades, a produção do etanol de segunda geração ainda engatinha no país, devido à algumas dificuldades, que são:
Mas, com a expertise das usinas no setor sucroenergético e a grande disponibilidade de biomassa, nosso país tem o potencial de superar as dificuldades e alcançar a liderança mundial na produção e exportação de E2G.
Isso comprova que o etanol de segunda geração tem tudo para representar um marco na busca por uma matriz energética mais sustentável e eficiente. Logo, pode abrir caminho para um futuro mais verde e próspero.
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