Aiko Logo /blog
Foto do Autor
20/05/2025
6 min de leitura
Compartilhe

Avanços tecnológicos das usinas termelétricas no Brasil: qual é o papel do etanol e da biomassa? 

Avanços tecnológicos das usinas termelétricas

Nos últimos anos, o setor energético tem passado por uma importante transformação, impulsionada pelo aumento da demanda por fontes renováveis. Nesse cenário, avanços tecnológicos das usinas termelétricas no Brasil movidas a biomassa e etanol se destacam. 

Essas são soluções inovadoras e atuais que contribuem com a geração de energia limpa e que atenda a necessidade energética nacional.  

E, com os últimos avanços tecnológicos, essas usinas têm se tornado mais competitivas e ambientalmente responsáveis, contribuindo para a diversificação da matriz energética nacional. 

Leia o artigo e saiba mais sobre os recentes avanços no uso do etanol e da biomassa em usinas termelétricas brasileiras. 

O que são usinas termelétricas movidas a biomassa e etanol? 

As usinas termelétricas são instalações responsáveis por gerar energia elétrica a partir da queima de combustíveis. Geralmente são acionadas em períodos de escassez hídrica e menor produção de energia a partir das usinas hidrelétricas. 

Tradicionalmente, utilizam carvão mineral, gás natural ou óleo combustível. No entanto, versões mais sustentáveis dessas usinas passaram a empregar combustíveis renováveis, caso das opções em: 

  • Etanol (álcool combustível);  
  • Biomassa (resíduos vegetais, bagaço de cana, casca de arroz, entre outros). 

Essas fontes têm origem na agroindústria e são consideradas limpas por emitirem menos gases poluentes e possibilitarem o reaproveitamento de resíduos orgânicos.  

No caso do álcool, derivado principalmente da cana-de-açúcar, a queima libera CO₂ que já foi absorvido pela planta durante seu ciclo de crescimento, tornando o processo praticamente neutro em emissões de carbono. 

Principais avanços tecnológicos recentes nesse setor 

A evolução tecnológica tem desempenhado papel crucial no desenvolvimento das usinas termelétricas a biomassa e etanol.  

Um dos principais avanços está nos sistemas de cogeração de energia. Nele, uma mesma planta industrial é capaz de gerar simultaneamente energia elétrica e calor, aumentando significativamente a eficiência do processo. 

Além disso, outras tecnologias também se destacam: 

  • Turbinas de alta eficiência: novas turbinas são projetadas para operar com maior desempenho térmico, aproveitando melhor o potencial calorífico da biomassa e do álcool; 
  • Automação e digitalização: sistemas inteligentes de controle permitem o monitoramento em tempo real das operações, otimizando o consumo de combustível e a manutenção preventiva; 
  • Tecnologias de gaseificação: permitem transformar biomassa sólida em gás combustível limpo, ampliando as possibilidades de uso e aumentando a eficiência energética das usinas termelétricas; 
  • Tratamento de resíduos: novas tecnologias viabilizam o reaproveitamento de cinzas e efluentes, reduzindo o impacto ambiental das operações. 

Essas inovações tornam as usinas termelétricas mais atrativas economicamente, além de alinhadas às metas de sustentabilidade exigidas por investidores e reguladores. 

Como essas tecnologias tornam a matriz energética brasileira mais limpa? 

O uso da biomassa e do etanol como fontes de energia térmica fortalece o compromisso do Brasil com uma matriz energética sustentável.  

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mais de 80% da matriz elétrica brasileira já é composta por fontes renováveis. Consequentemente, as termelétricas de base renovável têm papel importante nesse cenário. 

Entre os benefícios para a matriz energética estão: 

  • Redução das emissões de gases de efeito estufa: ao substituir combustíveis fósseis, as termelétricas renováveis reduzem significativamente as emissões de carbono; 
  • Aproveitamento regional de recursos: muitas usinas são instaladas próximas a polos agrícolas, utilizando resíduos locais como bagaço de cana e palha, o que diminui custos logísticos e fomenta o desenvolvimento regional; 
  • Complementaridade ao sistema hidrelétrico: em períodos de estiagem, quando as hidrelétricas produzem menos, as usinas a biomassa e etanol garantem o fornecimento de energia, aumentando a segurança do sistema. 
  • Geração distribuída: possibilita a produção de energia próxima aos centros de consumo, reduzindo perdas e sobrecargas na rede elétrica. 

Esses fatores fazem das usinas termelétricas uma peça estratégica na transição energética brasileira, permitindo maior resiliência e diversidade de fontes. 

Cases de sucesso comprovam a eficiência das soluções? 

O Brasil já conta com diversos exemplos bem-sucedidos de usinas termelétricas movidas a biomassa e álcool.  

O setor sucroenergético, por exemplo, é um dos protagonistas na geração de energia a partir do bagaço de cana-de-açúcar. 

Um exemplo emblemático é o da usina da Raízen em Piracicaba (SP), que utiliza biomassa para gerar energia elétrica suficiente para abastecer uma cidade de médio porte.  

Já a usina da Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), é referência em cogeração eficiente, operando com modernas caldeiras de alta pressão e turbinas de última geração. 

Outro caso relevante é a planta da GranBio, no estado de Alagoas, que combina a produção de etanol celulósico com geração de energia elétrica a partir da biomassa residual do processo.  

Isto é, as usinas termelétricas movidas a biomassa e etanol representam um caminho promissor para aliar segurança energética, inovação tecnológica e sustentabilidade.  

Os recentes avanços aumentam a eficiência e reduzem o impacto ambiental, permitindo que as usinas se consolidem como pilares de uma matriz energética cada vez mais limpa e diversificada no Brasil. 

E, à medida que novos projetos ganham escala e visibilidade, o papel das usinas termelétricas renováveis tende a se tornar ainda mais relevante no cenário global de energia. 


Quer saber como a tecnologia está transformando a geração de energia no Brasil? Acesse o blog da AIKO e descubra soluções inovadoras para o setor energético e agrícola.  

Posts relacionados