Seja no corte, baldeio, processamento ou na extração da madeira, as máquinas florestais são equipamentos fundamentais para o setor.
Não à toa, que a mecanização está cada vez mais presente no setor florestal. Atualmente, o Brasil possui aproximadamente 10 milhões de hectares de reflorestamento. Plantar, colher e transportar toda essa produção seria inimaginável sem a presença das máquinas.
Mas você sabe quais são os principais tipos de máquinas florestais? E a função de cada uma delas, você conhece?
Confira nosso artigo de hoje e tenha algumas das principais informações sobre as máquinas florestais que permitem expressivos ganhos em produtividade, segurança e lucratividade nas operações.
Antes de conhecer as máquinas florestais mais utilizadas no ambiente da colheita florestal, precisamos entender quais são os processos de colheita onde elas se fazem necessárias.
A colheita florestal é um processo que visa cortar e baldear a madeira até o local onde seguirá para ser transportada ao destino final. Para cada processo fabril, seja para celulose ou produção de carvão vegetal, os processos de colheita são adaptados, permitindo a otimização dos custos.
Atualmente, todo o processo de colheita envolve algumas operações padrões, dentre as quais vale citar:
Corte – é a primeira fase do recolhimento de madeira. Basicamente, o corte engloba operações de derrubada da árvore, desponte e toragem que envolvem a aplicação de diferentes máquinas, com pressões e forças dependendo da necessidade.
Baldeio – A etapa de baldeio corresponde a extração ou arraste das madeiras da área de corte até o ponto onde será transportada. O baldeio é realizado por tratores florestais articulados, os mais comuns são os modelos Skidder e Forwarder. A diferença é que o Skidder realizada o arraste da madeira e o forwarder o transporte.
Transporte – Logo após o processamento, o transporte é responsável por levar a madeira dos espaços de armazenagem até os locais que farão uso dessa matéria-prima.
Depois do processamento, os feixes de madeira são empilhados por meio de caminhões transportadores, que são encarregados de levar o material à unidade de tratamento.
Descarregamento – Essa é a etapa final. Nela há a retirada da madeira do caminhão de transporte no pátio da indústria ou nas unidades de processamento. Isso pode ser feito de forma manual ou mecanizada.
Não há dúvidas, a mecanização da colheita aumentou a eficiência das operações florestais, proporcionando maiores produções e melhorando as condições de segurança para os trabalhadores que atuam nas florestas.
É comum, em alguns modelos de máquinas florestais, as adaptações dos equipamentos com base nas máquinas amarelas, originalmente fabricadas para atuar nos setores de mineração e construção civil.
Ou seja, são escavadeiras, pás-carregadeiras ou tratores de esteira que sofreram adaptações para atuar no serviço florestal. Um bom exemplo é a escavadeira, que pode ter a concha substituída por um cabeçote Harvester.
Entretanto, o setor possui máquinas desenvolvidas especificamente para as operações florestais. Elas são denominadas de purpose-built. Basicamente, essas máquinas são adaptadas às atividades florestais, com seus implementos desenhados especialmente para cada atividade.
Este é o caso do Skidder e do Forwarder, que são máquinas desenhadas exclusivamente para uma operação florestal.
Em suma, as atividades relacionadas à colheita florestal são divididas em basicamente duas etapas: corte e extração.
As máquinas destinadas ao corte costumam ser bastante complexas, com diversas conexões hidráulicas que realizam o corte da árvore com extrema eficiência.
Além disso, as máquinas mais modernas dispõem de sistemas de monitoramento capazes de armazenar informações como o número de árvores derrubadas, a quantidade de madeira processada, entre outras.
Na etapa de corte, as máquinas florestais mais utilizadas são:
Essa é uma máquina florestal utilizada principalmente para derrubar, detalhar, processar e empilhar toras. Costumam ser muito eficientes, vencendo obstáculos do solo sem grande dificuldade.
Os harvester com esteira são mais indicados (quando comparados aos modelos com pneus), principalmente por possuírem maior estabilidade e menor compactação do solo. Contudo, costumam ser mais lentos.
Por isso, sua escolha deve considerar não apenas o tipo de serviço, mas também a declividade e demais características do terreno.
Quando utilizados um trator florestal cortador, damos a ele o nome de feller. Já ao trator florestal cortador-acumulador é dado o nome de feller-buncher.
Independente disso, as duas máquinas florestais são muito parecidas e a principal diferença está na capacidade do feller-buncher em usar o seu cabeçote para acumular árvores.
Após a derrubada, o feller-buncher é capaz de acumular as árvores no cabeçote até formar um feixe. Com isso, as árvores são processadas simultaneamente, o que agiliza todo o processo.
Quando a extração da madeira é feita com uma máquina conhecida como forwarder, aproximadamente 75% do uso dessa máquina dependa da atividade de um carregador. A ideia do harwarder é proporcionar um sistema integrando corte, que consiga reduzir esse tempo.
O harwarder pode contar, por exemplo, com um espaço de carga montado em uma estrutura móvel. Com isso, será possível carregar toras a partir de várias direções de corte das árvores.
Essa máquina é também um modelo híbrido destinado ao corte e à extração da madeira.
Essas máquinas florestais buscam unir um feller-buncher com um clambunk-skidder. Dessa forma, consegue cortar com o cabeçote e colocar as árvores em um implemento de garra invertida.
Já a etapa de extração da madeira pode ser realizada de algumas formas, principalmente o baldeio e o arraste.
No baldeio, a extração da madeira da área de corte é feita com ela sobre uma plataforma, sem contato com o chão. No caso do arraste, a tora ou árvore inteira é literalmente arrastada em contato parcial ou total com o solo.
Também chamado de máquina de garras, o grapple-skidder é basicamente um trator com rodados de pneus. Essa máquina possui uma garra que consegue segurar e arrastar árvores e toras.
Por essa característica, este é um equipamento indicado para movimentar a madeira em locais nos quais ela foi empilhada anteriormente.
Essa máquina é um trator autocarregável projetado para utilização no transporte primário, ou seja, a remoção das toras já cortadas de dentro da floresta para a periferia dos talhões, de modo a evitar o tráfego de caminhões dentro da mesma.
Essa máquina é formada por uma caixa de carga com capacidade variável e uma grua hidráulica utilizada para realizar o carregamento e descarregamento das toras.
Representado por um trator de pneus, articulado, com uma garra hidráulica, de abertura inferior, localizada na parte traseira. Essa é uma máquina florestal indispensável para realizar a extração quando o corte é realizado com feller-buncher.
Essa máquina florestal é bastante parecida ao modelo anterior, a única diferença é que ela tem um guincho ao invés de uma garra. Por isso, ela é recomendada para fazer pequenas remoções do povoamento ou colher árvores que estão dispersas dentro do ambiente.
Nesse tipo de skidder, os troncos são colocados sobre uma garra invertida em grande quantidade.
Por isso, essa máquina é indicada para aqueles trabalhos onde é preciso levar um alto volume de madeira. No entanto, a velocidade tende a ser menor, visto que a maior parte do ciclo de trabalho é dedicado ao carregamento.
Tem como uma das principais características a redução da pressão dos rodados no solo, já que no lugar da esteira há o uso do pneu. Conta também com menor manobrabilidade, mas permite trabalhar com grandes volumes de madeira.
Essa máquina é uma escavadeira que foi adaptada para a movimentação de toras que precisam ser levadas para áreas de relevo acidentado. Assim, acabou se tornando uma alternativa ao skidder e ao forwarder.
Trata-se de um caminhão off-road, que auxilia na extração e no transporte da madeira. Tem grande capacidade de carga, que fica entre 40 e 60 toneladas.
No Brasil, apenas a Forwarder e a Skidder de garras são utilizadas com maior frequência.
Como você pode observar, muitas são as máquinas florestais que elevam a eficiência do corte e da extração da madeira. Assim de nada adiantará ter o melhor equipamento se o controle da sua máquina e da operação por ela realizada for ineficaz.
Hoje em dia, entendemos que grande parte do sucesso de uma operação florestal é decorrente da adoção das boas práticas de manejo, além do assertivo gerenciamento das operações.
Para isso, cabe ao setor florestal investir nas melhores máquinas florestais, mas também nas ferramentas que auxiliem e embasem a tomada de decisão. Neste caso, o TrackIT, desenvolvido pela Aiko, é a solução perfeita para auxiliar no monitoramento da frota de equipamentos móveis utilizados na colheita florestal.
Com ele, a atividade florestal terá ganhos reais em produtividade, aumentando a produção da operação enquanto reduz custos de forma significativa.
Agora que você sabe conhece as principais máquinas florestais, não deixe de investir em um planejamento mais assertivo e na otimização da colheita para obter mais lucro e produtividade.
Para isso, é fundamental ter uma boa ferramenta de gestão, além de ter uma estruturação adequada com máquinas de qualidade.