O que é cibersegurança e qual sua importância para o agronegócio? 

Fazendas inteligentes, máquinas conectadas e softwares de gestão estão se tornando cada vez mais populares na agricultura brasileira. Entretanto, há um aumento da preocupação com a cibersegurança. 

Um ataque cibernético nas operações agrícolas pode até provocar um “apagão mundial” de dados do agro, provocando a escassez de alimentos, levando à alta nos preços e o comprometimento de centenas de empresas que dependem do segmento. 

Por isso, entender o que é Cibersegurança e saber como aplicá-la nas operações do agronegócio é medida fundamental na garantia da segurança de dados e informações valiosos para o agronegócio. 

O que é cibersegurança? 

A cibersegurança surgiu entre os anos de 1950 e 1980, com a função de proteger os sistemas de computadores de ameaças virtuais crescentes.  Este conceito surge essencialmente a partir de funções como a autenticação e a criptografia. 

Desde então, entender o que é cibersegurança é uma prática que visa proteger ativos de informação relacionados à sistemas, computadores e servidores contra ameaças cibernéticas ou ataques maliciosos. 

Com a ascensão da internet a cibersegurança foi massivamente representada pelo uso de antivírus e a necessidade de proteger os sistemas de malware, a exemplo de vírus, trojans, spyware etc. 

Padrão de funcionamento da cibersegurança 

A cibersegurança é uma ciência que está em constante avanço e aperfeiçoamento. Afinal os ataques cibernéticos também evoluem e buscam se infiltrar nos sistemas sem serem vistos. 

Consequentemente, este termo é aplicável a uma grande variedade de contextos, desde negócios até a computação móvel. Ela pode ser dividida em algumas categorias comuns. 

Rede: visa proteger uma rede de computadores contra intrusos, sejam eles invasores direcionados ou malware oportunista. 

Aplicativos: foca em manter os diferentes softwares livres de ameaças virtuais. 

Informações: protege a integridade e a privacidade dos dados, tanto no armazenamento como os dados em trânsito. 

Operacional: inclui os processos e decisões para tratamento e proteção dos arquivos com dados. As permissões que os usuários têm ao acessar uma rede se enquadram nesta categoria. 

Recuperação de desastres e continuidade dos negócios: definem como uma organização responde a um evento que cause a perda de operações ou dados. Essas políticas ditam como a organização restaura suas operações e informações para retornar à mesma capacidade operacional de antes do evento.  

Educação do usuário final: aborda o fator de cibersegurança mais imprevisível: as pessoas. São elas que podem introduzir acidentalmente um vírus em um sistema seguro se deixar de seguir as práticas recomendadas de segurança.  

Vale lembrar que ensinar os usuários a excluírem anexos suspeitos de e-mail, não conectar unidades USB não identificadas e demais lições são vitais para a segurança de qualquer organização. 

Por que garantir a segurança de informações no agronegócio é fundamental? 

Com o avanço da agricultura 4.0, o uso da automação e inovações digitais são constantes no agronegócio. Em decorrência disso, o crescimento das ameaças à segurança dos sistemas agrícolas precisa ser considerados.

Um vazamento de dados destes sistemas revelará informações confidenciais das empresas, podendo interromper temporariamente todo o trabalho, o que pode resultar em grandes perdas. 

Por exemplo, os hackers podem controlar maliciosamente o sistema de manejo e aumentar a quantidade de fertilizante muito maior que o recomendado, danificando até as culturas. 

Mas as ameaças são vastas, como acesso a contratos privados, exposição de números financeiros da empresa e assim por diante.  

Ou seja, entender o que é cibersegurança é cada dia mais essencial para os agentes do agronegócio. 

Agora que você tem ciência que muitas são as ameaças digitais que pairam sobre o agronegócio, chegou o momento de entender quais passos devem ser aplicados para prevenir ou, ao menos, mitigar os riscos. 

Dicas para a prevenção de ataques cibernéticos: 

• Realizar auditorias completas dos equipamentos, da rede e de todo o sistema para identificar possíveis vulnerabilidades e brechas do sistema. 
  
• Instalar firewalls e outros softwares que ajudem a mitigar as ameaças de invasão cibernética. 
  
• Utilizar algoritmos baseados em IA para saber se, a qualquer momento, algo está errado. Por exemplo, se as culturas não estão recebendo irrigação suficiente, se um usuário malicioso está acessando o sistema etc. 
  
• Armazenar com segurança os dispositivos e equipamentos, de modo que seu roubo seja difícil e eles não sejam facilmente danificados. 
  
• Educar colaboradores sobre ameaças cibernéticas e como suas ações podem expor ou proteger ativos digitais críticos contra os ataques cibernéticos. 

Também é fundamental que os agentes do agronegócio estejam cientes do complexo cenário global de ameaças cibernéticas e que conheçam exemplos do mundo real de como a atividade adversária pode ocorrer em seu ambiente.

Diante disso tudo, vale destacar que a aplicação da cibersegurança nas operações do agronegócio ainda depende de muito trabalho, profissionais capacitados e adoção de sistemas mais seguros e que tenham várias barreiras de segurança cibernética. 

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