Nosso planeta apresenta milhares de espécies animais, vegetais e de microrganismos, em uma biodiversidade imensa e que precisa ser conservada. Neste contexto, o uso da tecnologia e conservação da biodiversidade é crescente, contribuindo com o desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento sustentável requer maior harmonização entre o desenvolvimento econômico, a preservação da biodiversidade, a qualidade de vida e o uso racional dos recursos da natureza.
Para isso, o desenvolvimento sustentável passa, necessariamente, pelo conhecimento da biodiversidade e este tem sido potencializado pelo uso de novas tecnologias.
Avanços tecnológicos, como a inteligência artificial, automação e a biotecnologia, surgem para levar novas descobertas associadas à biodiversidade e à utilização dos recursos naturais.
Consequentemente, a relação entre tecnologia e conservação da biodiversidade é crescente a ponto de auxiliar no desenvolvimento de materiais, produtos e processos que permitam o uso racional dos recursos naturais com baixo impacto no meio ambiente, seguindo o que preconiza a sustentabilidade.
Como já salientado, a biodiversidade é o conjunto de espécies (animais, vegetais e de microrganismos) existentes no planeta. As interações destas espécies (em equilíbrio) oferecem todos os benefícios que que nosso planeta precisa para viver.
No entanto, cada vez mais, a ação do homem vem interferindo negativamente nesse equilíbrio. Seja através, do desmatamento, da poluição, uso indevido de água e demais ações antrópicas negativas, cada vez mais essa interferência vem sido sentida.
Para reverter este quadro, a proteção da nossa biodiversidade é prioridade. Isso só será alcançada através de mudanças transformadoras. Entre as metas estão:
Além dessas mudanças macro, ações individuais também podem fazer a diferença, já que o cidadão é o tomador de decisão final para a conservação da biodiversidade.
“As pequenas escolhas que as pessoas fazem somam um grande impacto porque o consumo pessoal impulsiona o desenvolvimento que, por sua vez, usa e polui a natureza”, informa a página oficial da Convenção das Nações Unidas.
Ao escolher cuidadosamente os produtos que compram e consomem e as políticas governamentais que apoiam, as pessoas são fundamentais para orientar os empresas e governos para o desenvolvimento sustentável.
Mesmo que ainda não tenha a devida atenção e seja pouco valorizada, a biodiversidade é fundamental para que o ser humano possa obter alimentos, roupas, medicamentos e energia. Isso apenas mostra que ela é uma das maiores riquezas do planeta Terra.
A importância da biodiversidade para o bem-estar e para a saúde humana ganhou destaque quando o processo de perda da diversidade biológica. O que gerou um alerta para a necessidade da conservação e do uso racional dos recursos naturais, com proteção de serviços dos ecossistemas naturais.
Importante destacar que a destruição e a alteração dos ecossistemas naturais resultaram em perda da nossa biodiversidade. Isso é consequência da interferência não controlada do homem na natureza. O que inclui a expansão urbana, destruição da cobertura vegetal natural e mudanças climáticas que transformam o ambiente natural.
Diante deste alarmante panorama de perda da biodiversidade, há uma corrida por soluções tecnológicas de conservação da nossa biodiversidade, com adaptação e mitigação dos efeitos negativos da ação humana.
Essas ferramentas tecnológicas devem ser inovadoras, criativas e de baixo custo, permitindo que sejam usadas por todos para se adaptar às mudanças climáticas. Além de melhorar o tratamento do lixo de suas cidades, monitorar mercados ilegais de mineração, desmatamento e caça, e proteger espécies em extinção.
A relação entre a tecnologia e conservação da biodiversidade abrange o uso de muitas ferramentas. Para compreender e proteger recursos, são utilizadas técnicas e plataformas emergentes.
As tecnologias para conservação da biodiversidade fornecem ferramentas essenciais para coletar mais e melhores dados e para melhorar o monitoramento de ecossistemas. Com análises dos habitats e ameaças e auxiliando nas decisões de manejo.
O monitoramento também é parte integrante dos acordos de política internacional relacionados à biodiversidade.
Os avanços tecnológicos também irão fornecer ferramentas para auxiliar as ações de:
Especialistas destacam que essas tecnologias somente irão contribuir com a biodiversidade se forem usadas de forma participativa, capacitando as comunidades locais a monitorarem e conservarem os recursos naturais dos quais dependem.
Entre essas tecnologias se destacam:
Essas tecnologias focam na geração de informações em escala genômica para entender a evolução e auxiliar na conservação da biodiversidade. Envolvendo estudos de espécies, em diversas categorias de ameaça de extinção, bem como de microrganismos para a criação de novas tecnologias e do uso sustentável dos recursos naturais;
A tecnologia vem trazendo novos rumos para a sustentabilidade. Elas contribuem com o desenvolvimento de materiais e processos, baseados no uso racional de recursos naturais, redução do impacto ambiental e otimização do consumo de energia;
A escalabilidade e confiabilidade de algoritmos aptos a processarem dados e o uso de técnicas de computação paralela para análise em tempo real geram aplicações com importante impacto social e ecológico;
Essas são tecnologias que focam no desenvolvimento de protocolos e metodologias de ferramentas desenvolvidas para aplicações voltadas para o desenvolvimento sustentável de cidades e para a preservação do meio ambiente.
Quando bem usadas, esses grupos de tecnologias têm grande potencial de contribuir com a conservação e manejo das áreas protegidas, principalmente por apoiarem a gestão, o monitoramento e a conservação da biodiversidade.
A relação entre a tecnologia e a biodiversidade possui muitos benefícios e alguns malefícios. Se bem usada, uma pode ajudar a outra a se desenvolver; mas em outros, uma pode prejudicar o progresso da outra.
Quando usada erroneamente ou com objetivos nada sustentáveis, a tecnologia pode ser catastrófica para a biodiversidade. A ganância e a vontade desenfreada de inovar fazem com que muitas empresas e até governos menosprezem a natureza e coloquem os ganhos financeiros à frente de qualquer coisa.
Assim, o uso da tecnologia para causar desmatamentos, lançamento de gases poluentes e efluentes, exploração de recursos naturais resultam em contaminação do ar e da água. Resultando em prejuízos à fauna e flora, erosão do solo e vários outros impactos que infelizmente acabam por destruir nossa biodiversidade.
Mas, mesmo com estes impactos negativos, a tecnologia, desde que bem usada, é uma grande aliada da biodiversidade, ajudando-a de diversas formas e em variados aspectos.
Quando colocamos em uma balança os pontos positivos e os pontos negativos da relação entre tecnologia e conservação de biodiversidade, fica claro entender que a tecnologia mais contribui do que atrapalha a biodiversidade.
As tecnologias já existentes e outras que virão podem permitir que nossa sociedade produza mais em menos espaço. O que irá diminuir a necessidade de conversão de novas áreas em terras agricultáveis.
Também há o uso de tecnologias que contribuem com a redução do uso de água e fertilizantes em lavouras, reduzindo o desperdício e preservando o meio ambiente.
Há também as inovações tecnológicas baseadas em inteligência artificial para identificação e monitoramento em larga escala de animais na natureza. Com essa tecnologia, especialistas em conservação ambiental terão dados e informações para lidar com a diminuição da biodiversidade em determinada região.
A sondagem mais recente neste contexto incluiu uma técnica conhecida como análise do DNA ambiental, ou eDNA.
Essa tecnologia parte do princípio de que peixes, plantas e mamíferos deixam algum rastro genético por onde passam. Ou seja, sinais de vida que sempre estiveram ali, invisíveis, agora podem ser decifrados e contabilizados pelo eDNA.
As técnicas de análise do e DNA, que vem sendo aperfeiçoadas ano após ano, estão transformando o que se entende por mapeamento da biodiversidade. Com implicações importantes para a ciência, para os esforços de conservação da nossa biodiversidade e também para os negócios.
Assim, essas e muitas outras tecnologias têm tudo para desencadear uma reação em cadeia em prol da biodiversidade. Proporcionando lavouras e ecossistemas mais protegidos, o que resulta na economia de insumos que, por sua vez, também evita o consumo de combustível que seria usado nos maquinários agrícolas e florestais.
Por isso, cabe a cada cidadão, empresa, governos e pesquisadores usar o aporte tecnológico de uma forma correta e sustentável, garantindo a conservação da biodiversidade da Terra. Assim permitindo que as próximas gerações também possam usufruir de tudo que nós estamos usufruindo.
O manejo florestal é um dos grandes aliados da biodiversidade. Leia nosso artigo e entenda o que é e qual a sua importância?