Automação da silvicultura: otimizando a operação e conectando o escritório ao campo 

No Brasil, o setor florestal está passando por um momento econômico especial. Praticamente todas as áreas ligadas à silvicultura estão comemorando índices e recordes históricos de vendas. Muito disso é decorrente da automação da silvicultura. 

Com o avanço tecnológico é possível automatizar todas as operações da silvicultura, desde o preparo inicial da área até a colheita e o transporte da madeira, otimizando essas operações e fazendo com que o escritório fique conectado ao campo. 

Diante disso, a silvicultura tem investido cada vez mais em tecnologias de automação de processos, como sistemas e soluções de segurança, telemetria, monitoramento, gestão de operadores e muito mais.  

Tudo isso vem para agregar eficiência à silvicultura, aumentando a produtividade e otimizando custos. 

Diante desse cenário, elaboramos este artigo. Nele, convidamos você a entender a importância dos dados para garantir uma visão estratégica e qualitativa das potencialidades de cada operação dentro da silvicultura.   

Automação da silvicultura: necessidade crescente 

Em todo o mundo, a silvicultura vem sendo pressionada pelo aumento da demanda por produtos florestais e pelas restrições territoriais. Por consequência, a automação das operações de manejo, como a aplicação de insumos e colheita de madeira, tem surgido como uma excelente alternativa.  

Ela permite a redução da quantidade de insumos, que serão aplicados apenas no local desejado, na quantidade e no tempo correto, o que reduz os custos e contribui para o aumento da produtividade da floresta. 

Também será utilizada para aumentar a eficiência das diferentes máquinas, tanto no plantio, quanto na colheita e no transporte por meio de estradas florestais. 

Ou seja, a automação da silvicultura desempenha um papel crucial na gestão das operações florestais, tornando-as mais produtivas e sustentáveis. 

Além de aumentar a eficiência, essas soluções oferecem uma visão mais precisa e abrangente das operações florestais, melhorando processos e otimizando as atividades, principalmente por oferecer a capacidade de analisar dados em tempo real. 

A automação pode substituir processos manuais: e isso é muito vantajoso! 

Com o avanço da automação, novas tecnologias surgem para transformar o setor em uma cadeia de produção mais eficiente em todos seus aspectos, substituindo muitos trabalhos, que antes eram realizados manualmente, por máquinas e sistemas. 

A automação da silvicultura é de suma importância para garantir maior aproveitamento dos recursos, padronização dos produtos advindos da floresta e maior segurança aos envolvidos nas atividades. 

Com a chegada da colheita mecanizada a quantidade de acidentes pode ser drasticamente reduzida, além de gerar melhores condições de ergonomia para o operador e aumento expressivo de capacidade produtiva.  

Além disso, todos os processos relacionados à silvicultura podem receber algum tipo de automação e ganhar em eficiência.  

A produção das mudas, por exemplo, já pode ter sua produção verticalizada com um certo nível de automação, devido à produção em larga escala que compensa o investimento atrelado a tecnologia envolvida. 

Nas operações de preparo do solo florestal o setor até pouco tempo contava com maquinários agrícolas adaptados para as operações florestais. Esse cenário vem mudando nos últimos anos com o desenvolvimento de destocadores e subsoladores exclusivos para utilização em solos florestais. 

Já o monitoramento dos plantios, que antes era feito através de vistorias, hoje já pode ser automatizado com o auxílio de drones e imagens de satélite, que estão cada vez mais versáteis. 

Para execução de inventários florestais há também o auxílio de tecnologias de sensoriamento remoto, responsáveis pela determinação dos parâmetros de volumetria dos talhões através do processamento dos dados coletados em conjunto, por softwares especializados. 

Vantagens da automação de processos na silvicultura 

Em qualquer negócio, a automação de processos significa promover a racionalização e otimização das atividades que geram os resultados.  

Seu principal objetivo é “enxugar” a produção, ou seja, otimizar o trabalho e o tempo de execução, substituindo tarefas manuais por aplicações tecnológicas. 

Dessa forma, dentro da silvicultura, a automação de processos traz ganhos relacionados à sua qualidade e eficiência. Assim, o processamento ocorre de maneira automática, o que resulta em muitos benefícios:  

• Obtenção de toras traçadas com o tamanho desejado; 
   
• Nivelamento automático da cabine do operador, melhorando assim o seu conforto e campo de visão;
    
• Aumento da produção;  
  
• Aquisição automática de informações relacionadas ao consumo de combustível, produtividade da floresta e da máquina, e tempo gasto para todas as etapas do processo, que podem auxiliar na melhoria do planejamento das operações; 
  
• Redução dos custos de transporte; 
  
• Melhor distribuição de tarefas pela via de dispositivos de campo podendo isso ser supervisionado por um sistema central;  
  
• Troca de informações entre os dispositivos ligados a um processador central e acesso remoto aos componentes do sistema de controle e automação;
    
• Realização de diagnóstico de falhas, possibilitando a manutenção regular do sistema automatizado.  

Portanto, a automação empregada nos muitos processos relacionados à silvicultura vem acarretando grandes ganhos de produtividade associados à otimização de processos, permitindo que o escritório esteja mais conectado à floresta.

Importância dos dados e dos relatórios para a silvicultura 

Segundo dados do IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), compilados até 2022, são cerca de 9 milhões de hectares de árvores cultivadas no país. Isso, associado à maior automação de processos, gera uma infinidade de dados e informações. 

Consequentemente, ter acesso a dados florestais é fundamental para uma visão estratégica das potencialidades de cada floresta. São eles que, por meio de diferentes relatórios, oferecem informações sobre as florestas, suas características, composição, distribuição geográfica, saúde, dinâmica e outros aspectos relacionados.  

Com esses relatórios, os gestores terão informações fundamentais para a compreensão e gestão adequada da atividade. Também terão acesso a informações essenciais para a conservação, gestão sustentável e entendimento das florestas, permitindo tomar decisões informadas e eficazes para otimizar processos e proteger esses ecossistemas.  

Algumas das principais razões pelas quais os relatórios são importantes dizem respeito à compreensão da vitalidade da floresta, além de respaldar possíveis decisões de manejo.  

Conheça mais em detalhe algumas destas possibilidades: 

Monitoramento e conservação da biodiversidade:

Os relatórios florestais ajudam a identificar e monitorar a diversidade biológica presente nas florestas, incluindo espécies de plantas, animais e micro-organismos. Essas informações são cruciais para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento de estratégias de manejo adequadas para proteger espécies ameaçadas. 

Avaliação da saúde florestal:

Os dados florestais permitem avaliar a saúde dos ecossistemas florestais, identificando mudanças e tendências ao longo do tempo. Isso inclui a detecção de desmatamento, degradação florestal, incêndios e outros distúrbios que afetam negativamente as florestas.  

Monitoramento das mudanças climáticas:

Os dados florestais são cruciais para entender as interações entre as florestas e o clima, como o sequestro de carbono, as emissões de gases de efeito estufa e os efeitos das mudanças climáticas nas florestas.  

Essas informações, quando bem analisadas, são essenciais para políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 

Planejamento e manejo florestal sustentável:

Os dados florestais fornecem informações valiosas para o planejamento e o manejo sustentável da silvicultura. Entre outras coisas, eles ajudam a:  

• Determinar as áreas adequadas para a colheita de madeira;  
• Implementação de práticas de silvicultura sustentável;  
• Conservação da biodiversidade, a proteção de áreas sensíveis e a avaliação dos impactos das atividades humanas nas florestas.

Pesquisa científica e educação:

Os dados florestais são uma fonte vital para a pesquisa científica e a educação. Eles permitem que os cientistas estudem os processos ecológicos, a dinâmica das populações, os ciclos biogeoquímicos e outras questões relacionadas às florestas.  

Além disso, esses dados são usados para educar e conscientizar o público sobre a importância da silvicultura e os desafios enfrentados na conservação e no manejo desses ecossistemas. 

Conheça a solução TrackIt da Aiko para a automação da silvicultura 

Como vimos, a modernização de processos de captação e armazenamento de dados na silvicultura, saindo do manual para o digital, vem oferecendo ganhos bastante expressivos com relação ao acesso às informações e melhor entendimento dos dados apontados. 

E uma solução que vem contribuindo com muitas empresas da área e a TrackIt, desenvolvida pela Aiko. 

Caracterizado como sendo um sistema inteligente e intuitivo, o TrackIt permite o aumento da produtividade e a redução dos custos das operações, além de oferecer inúmeros benefícios para a otimização de processos logísticos. 

O TrackIT é um computador de bordo instalado nos ativos móveis das empresas, como caminhões, escavadeiras e equipamentos.  

Por meio de um software, é possível coletar dados como o início do turno de trabalho; onde ele está sendo desempenhado, pausas, interferências e uma série de outros dados.  

Esse sistema também coleta dados que vão além dos apontamentos manuais, como posicionamento do GPS, velocidade, trepidação, podendo ainda fazer leitura do equipamento como um todo. 

Assim que são coletados, esses dados são enviados para uma plataforma web, e supervisionados por gestores que terão a capacidade de monitorar a produtividade, inclusive em tempo real.  

Por fim, vale ressaltar que a Aiko está em constante aperfeiçoamento de seu sistema. Para isso, priorizamos a formação de parcerias com universidades e outras empresas para entender as principais dores do segmento e oferecer as melhores soluções para elas. 

Um exemplo é a parceria entre a Aiko e o Departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Viçosa (DEF/UFV). Nela, os pesquisadores e técnicos estão desenvolvendo soluções para otimizar processos na etapa de colheita e de estradas florestais (logística), vista como um grande problema. No evento: “Parceria Aiko, SIF e UFV: Impacto nas operações florestais com análise de dados”, foi debatido e exemplificado como a análise e a tratativa de dados são essenciais para a automação da silvicultura, e como essa alternativa vem revolucionando o setor florestal.

Dessa forma, em breve, toda a cadeia produtiva será analisada em um panorama integrado, gerando maior valor ao produto final, e ainda possibilitando uma melhor previsibilidade da produção, facilitando as tomadas de decisões por meio de relatórios completos e em tempo real.

 Quer saber mais? Então conheça a solução de gerenciamento de frotas desenvolvida pela Aiko e eleve o patamar da automação da silvicultura.