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27/09/2022
9 min de leitura
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ESG na construção civil: Tudo o que você precisa saber sobre a prática 

ESG na construção civil

Você já ouviu falar nos tão falados green buildings (prédios verdes)? Sem dúvidas este é um conceito que cresce em concordância com outro conceito muito atual: o ESG na construção civil. 

No atual cenário, a sociedade vem exigindo dos empreendimentos uma mudança de postura em suas ações, sempre com foco em uma maior conscientização. Para isso, cabe aos pilares do ESG agirem como um guia para mudanças efetivas na atuação das organizações. 

Dentre estes pilares, preservar o meio ambiente, cuidar das pessoas e da sociedade, além de investir em boas práticas de governança são fatores que influenciam positivamente as ações na construção civil. 

Você deseja saber um pouco mais sobre a importância do ESG na construção civil? Então acompanhe nosso conteúdo de hoje e confira tudo sobre esse tema que se faz presente em todas as obras!

Mas afinal, o que é ESG? 

Cunhado em 2004 pela publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins, o ESG é um guia de boas práticas de gestão que toda empresa deve priorizar.  

Quando usado, os conceitos relacionados ao ESG ajudam empresas a entender o impacto de suas ações no meio ambiente e na sociedade, tornando todo o processo mais sustentável. 

Inicialmente é preciso entender que a sigla ESG diz respeito a três áreas-chave para que esse desenvolvimento sustentável seja alcançado: 

  • Environmental (meio ambiente)  

Faz referência aos recursos que uma organização necessita para manter suas operações em dia, além dos impactos de tudo isso no meio ambiente. Também se refere aos esforços para diminuição das emissões de CO2, que contribuem para o aceleramento das mudanças climáticas. 

  • Social (desenvolvimento social)  

Engloba os relacionamentos que a empresa tem com a sociedade e a reputação que fomenta com pessoas e instituições nas comunidades. Assim, a questão social engloba as relações de trabalho, diversidade e inclusão e direitos humanos. 

  • Governance (governança) 

A governança faz referência ao sistema interno de práticas, controles e procedimentos que uma empresa adota para que possa tomar decisões mais eficazes, cumprindo a lei e atendendo às necessidades de todos os stakeholders.  

Dentro dos critérios ESG, a governança relaciona-se à um conjunto de regras ou princípios que definem direitos, responsabilidades e expectativas entre as diferentes partes interessadas pela gestão das empresas. 

Por que seguir as tendências ESG é tão importante?

Quando o ESG ainda não era popular, as empresas viam neste conceito um diferencial competitivo, mas atualmente adotar estratégias ESG vem se tornando quase que uma prioridade.  

Fatores como rápidas mudanças climáticas, violações aos direitos humanos e as consequências da pandemia da Covid-19 foram importantes motivos que aceleraram a popularização do conceito. 

No entanto, dois são os motivos que realmente fazem a diferença para que o ESG ganhasse em importância: exigência de investidores para realização de novos investimentos e exigência do mercado consumidor. 

Hoje em dia, a sustentabilidade vem representando um critério fundamental para a tomada de decisões financeiras por parte de fundos de investimento. Estes fundos priorizam direcionar seus investimentos cada vez mais em empresas que seguem as práticas ESG. 

Por outro lado, muitos consumidores estão tomando suas decisões de compra com base nas ações ESG, ou seja, entre uma empresa que prioriza os cuidados com o meio ambiente e outra que não demostra esses cuidados, o consumidor escolherá cada vez mais a primeira. 

Além disso, tanto consumidores quanto investidores também buscam certificações externas relacionadas aos indicadores em questão. Por isso, buscar tais certificações pode ser essencial para conquistar o mercado. 

Na área da construção, existem selos que atestam o comprometimento das construtoras com a sustentabilidade de seus empreendimentos – como, por exemplo, LEED, BREEAM e AQUA-HQE. 

Critérios ESG na construção civil: Por que adotar? 

Diversas são as razões para que o investimento em ESG na construção civil seja uma necessidade. 

Em primeiro lugar, o investimento em critérios ESG funciona como um grande promotor da sustentabilidade. Dados de pesquisas indicam que o setor de construção é responsável por quase 50% do uso de materiais globalmente, ou 42,4 bilhões de toneladas.  

Portanto, desenvolver projetos mais sustentáveis é uma grande urgência dentro da construção civil. Se isso não for realizado, o mercado pode sofrer um grande impacto no longo prazo, principalmente com a falta de recursos. 

Outro fator importância dentro do âmbito da sustentabilidade é o uso da ESG na promoção da diminuição da emissão de carbono.  

Assim, ao usar materiais sustentáveis e mostrar a responsabilidade da empresa com o meio ambiente, haverá uma significativa diminuição dos impactos ambientais. 

Outro ponto muito importante relacionado ao uso do ESG na construção civil está na diminuição de riscos. O processo garante que as empresas funcionem conforme a legislação vigente, reduzindo custos com multas e processos legais.  

O investimento em ESG é também um mediador de maior lucratividade para as empresas da construção civil, afinal, como já falamos, a empresa que adota os critérios ESG, naturalmente tem maior capacidade de atrair novos investimentos. 

Por fim, adotar o ESG na construção civil é uma das melhores formas para aprimorar a relação entre parceiros, colaboradores, fornecedores e a comunidade em geral. Afinal, o atual mercado busca ações transparentes das empresas que consomem seus produtos ou serviços. 

Critérios ESG na prática na construção civil

É consenso entre todos que um empreendimento que se utiliza de ESG em suas ações consegue melhorar seus processos, elevar o bem-estar no ambiente de trabalho e construir obras mais sustentáveis, com maior colaboração entre parceiros e toda a sociedade. 

Mas, de uma forma mais específica e prática, o ESG na construção civil pode ser aplicada com base em seus três pilares: 

Environmental (Ambiental) 

Na atualidade, os edifícios verdes utilizam diversas inovações, tecnologias e materiais que ajudam na mitigação dos efeitos climáticos e diminuição do consumo de energia. 

Consequentemente, priorizar ações ambientais no empreendimento é uma estratégia que pode aumentar as receitas ou a participação no mercado, bem como impulsionar a demanda por mais espaços verdes, sustentáveis e mais eficientes. 

Ainda sobre a questão ambiental, sabemos que a construção civil é uma grande geradora de resíduos. Para isso, implementar políticas de gestão de resíduos é uma necessidade. Seja por meio da reciclagem ou reutilização de tudo o que for possível. 

Social 

Por ser um setor com elevado risco de colaboradores, é dever das construtoras adotar política robusta em relação à saúde e à segurança da sua força de trabalho e das comunidades locais.  

Além disso, o mercado consumidor está mudando suas expectativas para com os empreendimentos. Eles têm um foco crescente na saúde e no bem-estar e isso influencia as estratégias operacionais e a atitude das empresas em relação à propriedade de ativos específicos. 

Governance (Governança) 

Mesmo sendo menos comum, a governança é uma questão de grande importância dentro das práticas ESG. 

Especificamente para as construtoras, esse pilar ganha ainda mais relevância. Afinal, empreendimentos imobiliários têm sido suscetíveis à corrupção devido às estruturas descentralizadas e algumas dependências de licenças e demais questões. 

Para mitigar esse tipo de risco, é dever das empresas implementar mecanismos que garantam uma maior fiscalização. Dessa forma, é preciso investir em auditorias, treinamento de funcionários e demais medidas de compliance.  

Recomendações para implementar o ESG na construção civil 

Como você viu ao longo deste conteúdo, as práticas ESG são cada vez mais necessárias em toda obra de construção civil. Mas, implementar essas ações nem sempre é fácil. 

Confira algumas recomendações para que sua empresa construa empreendimentos mais verdes, sustentáveis e que priorizam o bem-estar da sociedade em geral. 

Aiko

1- Invista na gestão de resíduos 

Como já falamos anteriormente, a gestão de resíduos é uma estratégia que ajuda a empresa a evitar desperdícios. Consequentemente, a obra será mais sustentável, por meio da reciclagem e reutilização de materiais.  

Assim, criar processos e políticas de gestão de resíduos adquire fundamental importância para colocar o empreendimento não só na sustentabilidade, mas também gerando mais eficiência e economia para a obra. 

2- Priorize a economia de recursos naturais 

Outro tópico que merece maior atenção é otimizar o uso de recursos naturais. Neste caso, é preciso controlar a emissão de poluentes (das máquinas, por exemplo), bem como planejar a economia no uso da água e da energia elétrica antes, durante e depois da conclusão do projeto.

3- Garanta a segurança dos trabalhadores e frequentadores do empreendimento

No âmbito social, é importante estabelecer regras e políticas que garantam a segurança de todos.  

Essa é uma questão crucial que a saúde das pessoas seja preservada, reduzindo riscos de acidentes, não apenas dos profissionais que estão trabalhando no canteiro de obras, mas também das pessoas que vão usufruir das edificações já finalizadas. 

4- Aumente sua presença e responsabilidade social 

Para estimular o desenvolvimento social dentro dos empreendimentos, engenheiros e arquitetos podem conceber propostas de mobilidade logo ao início do projeto – como áreas para bicicletas ou estações para carregamento de carros elétricos.  

Opções mais simples incluem coleta seletiva e apoio a cooperativas da região, além do reuso da água para limpeza das dependências comuns do empreendimento. 

Muito mais do que uma tendência, o ESG na construção civil é uma prioridade que permite às empresas impactar positivamente o meio ambiente e a sociedade. Por isso, invista nessas práticas e conquiste clientes e investidores pelas suas ações. 

Aproveite este tema e confira 5 dicas para gerenciar sua obra da forma correta e mais eficiente. 

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