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29/08/2022
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Metodologia PDCA: o que é e como ajuda na gestão do mercado florestal? 

metodologia PDCA

Utilizada para solucionar problemas e atingir metas organizacionais e de gestão, a metodologia PDCA vem sendo de grande valia em muitos processos e empresas, independentemente do ramo de atuação. 

Exatamente por isso, essa metodologia começa a ser adotada para melhorar a eficiência de gestão nas empresas que atuam no mercado florestal.  

Para essas empresas, recorrer à metodologia PDCA é uma excelente maneira de otimizar processos e focar no uso consciente de matérias-primas, com planejamento, ação e maior responsabilidade. 

De forma geral, a adoção dessa metodologia é o melhor caminho para que empresas florestais melhorem seus processos, padronizem todas suas informações e alavanquem seus desempenhos. 

Metodologia PDCA: O que é?

A necessidade de gestão de qualidade é recente dentro do setor florestal, especialmente quando são consideradas as atividades silviculturais e o manejo de povoamentos florestais. 

Para atender essa necessidade, uma das ferramentas que podem ser utilizadas a favor do mercado florestal é a chamada Metodologia PDCA. Mas não são todos os empresários e gestores florestais que entendem como funciona essa metodologia e para o que é ela utilizada. 

Desenvolvida na década de 1920, essa metodologia surgiu com o objetivo de ser aplicada na administração e gestão em indústrias. Com o passar dos anos, no entanto, a metodologia PDCA foi passando por mudanças e expandindo seu propósito inicial.  

Hoje, ela  é uma das ferramentas mais completas e eficientes para gerenciamento de qualquer tipo de empresa — independente do porte ou segmento de atuação, inclusive dentro do mercado florestal. 

Essa metodologia é dividida em quatro etapas, representada pela sua sigla, que significa: 

  • Plan (planejar); 
  • Do (fazer); 
  • Check (checar); 
  • Act (agir). 

O foco central dessa metodologia é eliminar falhas, aumentar a produtividade dos envolvidos e, claro, entregar produtos ou serviços mais qualificados para o mercado. 

Mais do que isso, cabe à metodologia focar em problemas que não são aparentes em um primeiro momento – o que aumenta ainda mais sua importância. 

Ciclo contínuo de melhorias 

Além de uma metodologia, o PDCA se comporta de forma cíclica. Ou seja, a metodologia atua por meio da repetição e a busca por resultados cada vez melhores, sempre focando na continuidade das melhorias. 

O ciclo de planejar, fazer, checar e agir é constante e nunca para. Consequentemente, o produto ou serviço oriundo dessa melhoria contínua deve ter sempre como meta atingir os clientes. 

É por isso que as falhas sempre estão no radar das empresas que adotam a metodologia PDCA, permitindo que elas sejam imediatamente corrigidas. 

Consequentemente há uma melhoria contínua nos processos da empresa, seja por meio da implantação de novas ideias ou da resolução de problemas existentes, com o objetivo de cumprir metas pré-estabelecidas. 

Funções e aplicações de cada uma das etapas da metodologia PDCA 

Planejar. Fazer. Checar. Agir. Essas são as fases que fazem a metodologia PDCA funcionar. 

Basicamente, essas fases “atacam” o problema de forma dividida, permitindo tomadas de decisão mais assertivas. 

Veja o que diz cada etapa: 

Plan (Planejar) 

Como o próprio nome diz, cabe ao planejamento indicar quais serão as atividades realizadas, as ferramentas necessárias e quais devem ser os resultados esperados. Nessa etapa o gestor deve se questionar: quais problemas irei focar e buscar uma solução? E o que será preciso para ter êxito nessa missão? 

Também é importante entender quais serão os indicadores de desempenho mais relevantes para mostrar se as ações estão ou não estão sendo efetivas. 

A etapa de planejamento pode ser subdividida: 

Identificação do problema – Aqui são analisados dados, relatórios e todas as informações referentes aos problemas e suas causas; 

Observação do problema – Nessa etapa o problema será todo analisado por meio de um trabalho minucioso e que deve ser observado por diferentes perspectivas; 

Análise do problema – Momento em que as possíveis causas do problema são levantadas. Elas devem ser ordenadas pela sua relevância para que seja possível escolher as mais prováveis, baseando-se em dados; 

Plano de ação – identificada as reais causas dos problemas, é hora de, dentro do planejamento geral, criar um plano de ação para combatê-las. 

Do (Fazer ou executar) 

Com os problemas já identificados e o planejamento da solução feito, é hora de colocar a mão na massa! Ou seja, é hora de fazer acontecer! 

Assim, a segunda etapa tem a intenção de colocar em prática o que foi planejado. Exatamente por isso, é uma das etapas mais importantes, devendo ser acompanhada de perto. 

Por ser um ciclo, é fundamental que sejam anotados e evidenciados os resultados (bons ou ruins) de cada tarefa concluída. Isso permite um aprendizado contínuo de todo o time envolvido na execução. 

Check (Checar)

Basicamente essa etapa é a responsável pelo acompanhamento dos resultados. Por essa razão, a etapa de “checar” caminha lado a lado com a etapa de “fazer”, com as duas ocorrendo ao mesmo tempo. 

Este é o momento de monitorar e medir cada ação, registrando possíveis problemas capazes de interferir nos processos. 

Assim, quanto mais cedo os resultados começarem a ser acompanhados, mais rapidamente você saberá se está no caminho certo ou não. 

Importante identificar os gaps rapidamente e promover ajustes com as ações em andamento, sempre com monitoramento constante.  

Avalie também a metodologia de trabalho escolhida. Está de acordo com a característica dos seus colaboradores? Estão conseguindo fazer a operação da forma correta? 

Aqui é importante também fazer uma análise quantitativa e estatística do que está sendo feito. A avaliação qualitativa é importante, mas serão os números que mostrarão se o problema original está sendo de fato corrigido. 

Caso os resultados checados não forem satisfatórios, sem bons índices de desempenho, a recomendação é voltar à fase de Planejamento do PDCA. 

Act (Agir) 

Apesar de se chamar “ação”, a última etapa da metodologia PDCA não está necessariamente relacionada à execução de uma atividade, mas sim à análise e gestão final de todo o processo. 

A ideia por detrás desta etapa é fazer uma reflexão e avaliar o que foi feito, para, em seguida, implementar novas ações — sejam elas para continuar o que deu certo ou para corrigir o que não atendeu as expectativas. 

Assim, a quarta etapa ajuda as empresas a aprimorar seus processos, mesmo que seja necessário refazer o ciclo duas, três ou até quatro vezes. 

Metodologia PDCA: relação direta com sistemas de gestão 

A ferramenta PDCA pode ser utilizada de diversas formas, em projetos e qualquer processo, porém ela ficou consagrada na garantia da qualidade, ao ser incorporado como base de estrutura para as Normas ISO. 

A ISO 14001, por exemplo, tem seus requisitos que seguem a ordem da metodologia PDCA, como ela foi escrita. Vale lembrar que essa norma internacional é adotada pelas empresas para colocar um sistema de gestão ambiental eficaz em vigor.  

Essa norma é projetada para ajudar as empresas a adequar suas responsabilidades ambientais aos processos internos. Também torna possível prover o crescimento da empresa, por meio da redução do impacto ambiental. 

Por ser baseada na metodologia PDCA, a ISO 14001 utiliza a mesma terminologia e linguagem de gestão, apresentando uma série de benefícios para a organização. 

Assim, por meio da adoção da metodologia PDCA, a ISO 14001:  

  • Protege o meio ambiente com a prevenção dos impactos ambientais da atividade produtiva; 
  • Auxilia a organização no atendimento aos requisitos legais; 
  • Aumenta o desempenho ambiental; 
  • Controla ou influencia o modo que os produtos e serviços da organização são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados; 
  • Alcança benefícios financeiros e operacionais com base em ações ambientais que reforçam a posição da organização no mercado; 
  • Comunica as informações ambientais para os steakholders. 

Metodologia PDCA no meio florestal: Tecnologias que garantem uma gestão mais eficiente

Ter um planejamento traçado de forma estratégica faz toda a diferença em qualquer negócio. Nas empresas que atuam no meio florestal, não é diferente.  

A ausência de um plano de ações ou um monitoramento falho aumentam as chances de problemas que resultam em desperdício de recursos, gastos desnecessários e produtividade desejada não alcançada. 

Dessa forma, como já ressaltado anteriormente, a implementação da metodologia PDCA pode fazer toda a diferença. 

Quando adaptada para as operações florestais, essa metodologia ajuda a identificar tudo o que deu errado em um ciclo produtivo para permitir a correção no próximo ciclo, com total acompanhamento do planejamento e das ações. 

Para isso, soluções de gestão operacional e de business intelligence conectadas a sensores e computadores de bordo das máquinas florestais permitem a coleta de informações e uma análise inteligente de tudo que acontece na operação.  

Ou seja, a adoção da tecnologia possibilita a geração de relatórios e visões com dados consolidados e comparar o planejado com o realizado, ajudando na elaboração de estratégias para melhorias futuras, ou seja, colocando a metodologia PDCA em prática. 

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Aiko

 

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