A rede viária florestal é responsável por permitir o transporte de insumos e produtos associados a cadeia produtiva da madeira e papel-celulose. Mas, para uma melhor operação, promover o monitoramento de condições das estradas é imprescindível.
Essa medida permite classificar as vias, dando aos gestores a possibilidade de levantar informações sobre as características das estradas, auxiliando-os na tomada de decisões focadas na eficiência, redução de custos e segurança operacional.
Confira este artigo para entender a relevância deste monitoramento e porque ele é tão importante para ganhos de eficiência em operações florestais.
O Brasil se destaca no cenário florestal mundial. Nossa silvicultura e nossa produção florestal produz madeira e celulose que são direcionados para o mercado interno e para boa parte do mundo.
Mas, para que toda essa produção tenho um eficiente escoamento, as estradas são fundamentais!
Seja para tirar a madeira da área de cultivo, para a oferta de insumos ou para o deslocamento de pessoal, as estradas têm um papel de destaque.
No entanto, a maioria das estradas destinadas a esses fins são construídas com padrões inferiores, principalmente quando comparadas às rodovias com maior tráfego.
Por essa razão, precisam ser continuamente monitoradas. Essa medida permite a oferta de uma série de benefícios que ajudem a reduzir os gargalos logísticos, além de facilitar o deslocamento de pessoas da área de manejo florestal para os centros urbanos e vice-versa.
Assim, o monitoramento das condições das estradas florestais é um conceito responsável por acompanhar, fiscalizar e vistoriar as vias usados para o transporte florestal, desde a sua implantação, até a manutenção e conservação.
No Brasil, a indústria florestal é um setor altamente dependente da eficiência da rede de estradas, afinal a maior parte da madeira coletada é transportada por caminhões.
Elas são também os meios de ligação entre o ambiente de colheita e a unidade fabril, sendo uma parte significativa na logística e planejamento das empresas. Por isso, vale reforçar a importância do monitoramento constante.
Mas, para maior assertividade neste processo, conhecer os tipos de estradas é medida essencial. Veja:
Estrada pavimentada: é aquele tipo de via revestida com concreto betuminoso ou concreto. Por essa característica, o tráfego de veículos pode ocorrer durante o ano todo.
Estrada com revestimento primário: é revestida com material granular (saibros, cascalhos, entre outros) que também permitem o tráfego de veículos durante o ano todo.
Estrada sem revestimento: são as vias que não apresentam qualquer tipo de revestimento. Há, no máximo o uso de terra batida.
Por essa razão, há grande dificuldade de tráfego de veículos leves e pesados, especialmente durante a época chuvosa, comprometendo a eficiência operacional.
Importante salientar também que cada via tem suas particularidades quanto ao tipo de solo, declividade, geometria vertical, geometria horizontal, largura e modal de transporte.
Por isso, é essencial realizar um aprofundamento específico de vários indicadores para obtenção de bons resultados.
Na indústria da madeira, o transporte é o elemento mais importante do custo logístico, pois o frete pode absorver mais da metade de todo o dinheiro demandado para essa operação.
Logo, o monitoramento das condições das estradas florestais é uma medida que deve ser continuamente aplicada dentro deste setor.
Para isso, uma análise minuciosa da rede de estradas florestais é fundamental. Ela representa o método primário para avaliar a acessibilidade da floresta em termos de oportunidades.
Além disso, as estradas devem ser construídas e conservadas de maneira que os trabalhadores e máquinas tenham acesso facilitado e possam operar com segurança e eficiência operacional.
Por meio de tecnologias específicas, essa medida contribui com a operação de diversas formas, tais como:
A boa notícia é que o uso de dados aéreos de escaneamento tem mostrado resultados muito satisfatórios.
Eles permitem avaliar diversos parâmetros de qualidade da rede de estradas florestais, como a planicidade da superfície e acúmulo de água, que podem ser combinados com informações do solo e condições da vegetação.
Esses parâmetros, quando bem analisados e gerenciados, certamente irão favorecer o monitoramento das estradas florestais brasileiras.
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