Nos últimos anos, a sociedade está cada dia mais sustentável. Neste contexto, a demanda por energia limpa é crescente, caso da biomassa. Mas, para que o uso deste combustível seja sustentável, o reflorestamento no Brasil adquire grande importância para nosso ecossistema.
Quando realizado sob condições específicas, o reflorestamento no Brasil garante os melhores resultados para o ecossistema. Isso é fundamental para oferecer novas alternativas para os cuidados com o ecossistema.
Diante dessa importância, convidamos você a conhecer as finalidades do processo de reflorestamento no Brasil, seus benefícios e as estratégias para que ele seja bem realizado e atinja os objetivos desejados.
De forma bastante simplista, o reflorestamento é representado pela ação de recuperar uma área desmatada por meio do plantio de novas árvores, resgatando áreas devastadas e devolvendo a vida ao local.
Em razão dessa característica, o reflorestamento é uma das maneiras mais conhecidas e eficazes de recuperar áreas degradadas. Dessa forma, restaurar – ou mesmo estabelecer um equilíbrio – do ecossistema local. Principalmente porque recuperar florestas perdidas é um dos principais pontos da conservação da biodiversidade, melhorando e equilibrando o meio ambiente.
Essa ação pode ocorrer de forma natural (sem interferência humana) ou intencional (com interferência humana) para atingir determinados objetivos.
Dentre os quais vale citar:
Existem basicamente dois métodos básicos de reflorestamento:
Reflorestamento comercial – aquele com fins lucrativos voltado à plantação de eucalipto e madeira para extração de celulose. Este método visa apenas garantir uma matéria-prima mais sustentável.
Siderúrgicas e empresas com foco na produção de papel são as que mais realizam o reflorestamento comercial. Elas costumam plantar Eucalipto e Pinus. No caso do primeiro, por volta de 7 anos após o plantio já pode ser colhido e comercializado.
Reflorestamento ecológico – destinado à recuperação de áreas degradadas, caso da reconstituição da mata, tornando-a mais parecida possível com seu estado natural.
O objetivo deste reflorestamento é a preservação ambiental, com consequente conservação das espécies da fauna e flora. Neste caso, há o plantio de árvores nativas, ou seja, aquelas que são comuns àquela região e que se adaptam bem ao ecossistema em questão.
Árvores frutíferas também são muito bem-vindas para a realização do reflorestamento ecológico. Com isso, insetos e outras espécies da fauna são atraídos e o ciclo de recuperação de áreas degradadas se torna mais eficiente.
As árvores são responsáveis por armazenar parte da água da chuva em suas copas e troncos, fazendo com que ela evapore, reiniciando o ciclo da chuva.
Essa função é de suma importância para regiões internas dos países que não ficam próximo ao oceano. Sem as árvores para regular a quantidade de água, às regiões mais centrais dos continentes seriam desérticas.
Pelo fato das florestas reterem parte do calor em seus troncos, galhos e raízes das árvores, elas contribuem com o resfriamento do ambiente, amenizando assim o calor.
Por essa função, o reflorestamento é apontado como alternativa para conter esse aumento de temperatura. Muitas pesquisas indicam que as regiões arbóreas chegam a fazer 8 a 10 graus a menos de temperatura quando comparadas a grandes centros.
No atual contexto, reflorestar significa garantir a nossa própria subsistência. Isso ocorre porque as florestas são sumidouros de carbono imprescindíveis para frear as mudanças climáticas.
Sem elas, a temperatura média do planeta continuará aumentando, com a consequente elevação do nível do mar ou o derretimento das geleiras e polos, entre outros efeitos climáticos catastróficos.
De acordo com o Relatório Avaliação Global de Recursos Florestais 2020 (FAO), as florestas abrigam mais de 80 % de todas as espécies terrestres do mundo. Elas abrigam mais de 60.000 espécies arbóreas, 80 % dos anfíbios, 75 % das aves e 68 % dos mamíferos.
Consequentemente, sua degradação e desaparecimento condenará centenas de espécies à extinção. Mas, o replantio de árvores é parte importante para promover a proteção dessas espécies contra a extinção.
Além disso, as árvores produzem frutos que servem de alimentos para diversas espécies de animais e suas raízes funcionam como moradia para fungos que retribuem auxiliando a fixação do nitrogênio.
Talvez esse seja um dos benefícios menos abordados quando falamos em reflorestamento ambiental, mas é muito importante que ele seja lembrado e debatido. Com a evolução das cidades, a poluição sonora é crescente.
Nesse caso, uma barreira natural feita com árvores é a solução mais adequada para reduzir a propagação do som pelo espaço.
Vegetação ao redor de nascentes e bacias hidrográficas são fundamentais para evitar assoreamentos e erosões, e isso acontece também em regiões montanhosas e próximas a morros, que ficam mais protegidos quando há vegetação e árvores.
Demais benefícios do reflorestamento no Brasil que merecem atenção:
Para reflorestar uma área da forma correta há a necessidade de traçar um plano com algumas etapas. O reflorestamento deve ser o mais sustentável possível, ou seja, é preciso ir além de apenas plantar árvores de forma arbitrária.
A seguir, convidamos você a conferir quais são os passos que devem ser considerados para promover o reflorestamento no Brasil:
A primeira questão a ser considerada é analisar o terreno e verificar as condições do local a ser reflorestado. Nessa etapa são analisados desde o solo (profundidade, textura, fertilidade) até o clima (temporada seca ou úmida, sendo indispensável haver umidade).
Também é importante considerar o tipo de população que habita o ecossistema (fauna e flora nativa).
Nessa segunda etapa devemos considerar qual é o propósito do reflorestamento. Se for realizado o reflorestamento comercial, geralmente são utilizados o eucalipto e o pinus.
No caso do reflorestamento ecológico, é necessário escolher espécies nativas, mas também podem ser incluídas espécies importadas de crescimento rápido compatíveis com o solo e o clima da região.
O germoplasma florestal deve ser de boa qualidade. Além do mais, o viveiro de origem deve estar no máximo a 100 quilômetros de distância. A forma e o momento do transporte também são importantes, evitando o sol excessivo ou as fortes correntes de vento.
Com as espécies escolhidas, é necessário preparar o terreno, escolher as ferramentas adequadas e optar pela técnica menos invasiva de plantio. Além disso, devemos considerar a altura e a cobertura de cada nova planta para que o desenvolvimento de uma não prejudique as outras.
Importante ressaltar que o plantio não termina com a introdução do germoplasma florestal, pois também deve ser elaborado um plano de monitoramento, sendo essa a nossa próxima etapa do reflorestamento.
No contexto do plano de monitoramento, é necessário desenvolver a forma de proteger a área reflorestada contra a presença ou surgimento de possíveis doenças, pragas, incêndios ou abates ilegais, entre outros fatores que comprometam a eficiência do reflorestamento.
Por fim, quando feito da maneira correta, o reflorestamento no Brasil traz muitos benefícios, exigindo o trabalho de especialistas na área. A atuação destes especialistas não apenas ajuda a garantir o sucesso dessa iniciativa ambiental, como impede que ocorram prejuízos causados por alterações bruscas de sistemas.
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