Prática fundamental nas áreas de logística e na gestão de frotas, a análise de eficiência de rota consiste na realização de estudos detalhados dos trajetos percorridos.
Quando bem realizada, ela permite identificar várias oportunidades que ajudem a melhorar o desempenho operacional e econômico.
Essa análise é o primeiro passo para resolver uma das principais dores de empresas que trabalham com frotas de veículos: manter a rota de entregas e as operações com o menor custo possível.
Mas como dar esse passo?
Na atualidade, os mais recentes avanços tecnológicos certamente vão ajudar! Soluções em Inteligência Artificial (IA) e Big Data estão revolucionando a forma como as empresas otimizam suas rotas.
Confira o artigo de hoje para entender como é possível elevar a análise de eficiência de rota por meio do uso de ferramentas tecnológicas.
No ambiente da gestão de frotas, a eficiência logística desempenha um papel de grande relevância para todo tipo de operação.
No cenário atual, é praticamente impossível imaginar qualquer espécie de organização econômico-social sem o apoio da atividade logística. Ela é capaz de criar valor para o cliente, tornando-se fonte de vantagem competitiva.
Para otimizar processos e reduzir custos, várias estratégias podem ser aplicadas. Dentre elas, a análise de rota, ou roteirização logística, é uma poderosa ferramenta. Mas o que ela significa?
Por definição, a roteirização logística é baseada no planejamento estratégico das rotas de transporte de todo tipo de insumo (matérias-primas, produtos e mercadorias em geral), entregando-o ao cliente.
Também engloba as rotas de máquinas agrícolas e florestais, que atuam em suas respectivas áreas.
Por meio deste tipo de programação logística, a produtividade dos colaboradores tende a aumentar. Isso é possível porque as rotas são definidas de forma personalizada, de acordo com muitas variáveis:
Toda a análise da eficiência de rota reflete, inclusive, na melhoria do processo produtivo, resultando em uma entrega ou operação mais rápidos e de qualidade.
A roteirização logística representa um conjunto de estratégias promotoras de uma gestão mais eficaz e sustentável, alinhando os objetivos operacionais do negócio com as necessidades do mercado.
Veja algumas de suas finalidades:
Uma das responsabilidades da roteirização é encontrar o caminho mais eficiente, seja para entrega de mercadorias ou para a operação de máquinas pesadas.
Para isso, ela leva em consideração fatores como distância, tempo de viagem e condições das estradas.
Quando bem gerenciada, essa medida minimiza os custos de movimentação dos veículos, como combustível, manutenção e horas de trabalho dos motoristas, através da escolha de rotas mais econômicas.
Aumentar a pontualidade e confiabilidade das entregas é um dos objetivos da roteirização, garantindo que os produtos cheguem aos destinos dentro do prazo estipulado ou que os serviços sejam entregues no tempo.
A roteirização maximiza a utilização de todos os veículos e recursos disponíveis. Com isso, consegue otimizar a capacidade de carga, evitando deslocamentos desnecessários.
A redução das emissões de carbono e a pegada ambiental são otimizadas quando há a análise eficiente de rotas. Esta é uma pauta importantíssima com o crescimento do ESG.
Atender às expectativas dos clientes em relação a prazos de entrega e qualidade do serviço, proporcionando uma experiência positiva. Logo, pode resultar em fidelização e recomendação.
A análise e planejamento logístico inclui dois tipos de roteirização. Conheça suas características:
A principal característica da roteirização estática é o planejamento de rotas que não podem ser alteradas! Ou seja, assim que são definidas, elas devem ser seguidas exatamente como foram desenhadas.
Seu uso é mais comum em empresas que tem mais controle do percurso, incluindo paradas, quilometragem, horários, quantidade de entregas e outros.
Na roteirização estática, o funcionário não pode fazer desvios, com a empresa tendo maior controle sobre as rotas planejadas. Mesmo se surgirem imprevistos, esses devem ser resolvidos, mas a rota não é alterada.
A roteirização dinâmica é mais moderna, sendo comum em empresas que possuem monitoramento via satélite da sua frota de veículos.
Seu planejamento não é rígido. Ou seja, as rotas podem ser alteradas de forma dinâmica conforme imprevistos identificados no percurso, como chuvas fortes, deslizamentos, acidentes de trânsito, engarrafamentos, obras na via e outros.
Isso é possível porque os detalhes da rota são monitorados em tempo real e comparados com informações do GPS. Dessa forma, é possível realizar a melhor escolha de vias, otimizando a logística.
Para obter uma análise de eficiência de rotas que traga bons resultados, é fundamental, como vimos, otimizar as operações, reduzir custos e garantir a satisfação dos clientes.
No entanto, alguns erros comuns podem comprometer esses objetivos. Conheça os principais:
Não considerar todos os fatores relevantes, como restrições de tempo, capacidade dos veículos, condições do trânsito e características das cargas pode afetar a rota, comprometendo a eficiência.
O tráfego em estradas e vias é muito dinâmico. Não considerar este fator pode levar a atrasos e rotas ineficientes.
Não levar em conta o peso, volume e tipo de carga pode resultar em veículos sobrecarregados ou rotas inviáveis.
Para a análise de eficiência de rota as informações obtidas são fundamentais, mas se elas não estiverem disponíveis, de nada valerão. Isso ocorre, geralmente, quando os dados não podem ser acessados de maneira integrada.
A roteirização, quando realizada manualmente, está muito mais propensa a erros e ineficiências. Isso ocorre, geralmente, quando não há o uso de softwares de roteirização.
Não considerar as informações e sugestões dos motoristas, que possuem conhecimento prático das rotas é outra falha relevante, impossibilita as oportunidades de melhoria.
Para identificar pontos de melhora, é fundamental adotar indicadores de desempenho. Mas, quando eles não estão presentes, a identificação de áreas que merecem maior atenção torna-se impossível.
A roteirização logística é a representação de um processo de planejamento e execução das rotas de entrega, que envolve diversas etapas e ferramentas. Acompanhe:
O passo inicial para analisar as rotas é coletar o maior número de informações possível. Neste contexto, o Big Data adquire grade relevância na tão falada logística 4.0.
Com o avanço tecnológico, os dados estão revolucionando a forma como as empresas otimizam suas rotas, proporcionando uma série de benefícios que vão além da simples redução de custos.
Ao coletar e analisar volumes massivos de dados, as empresas podem tomar decisões mais precisas e eficientes sobre a melhor forma de transportar seus produtos ou realizar seus serviços.
As informações continuamente coletadas são analisadas e permitem identificar variáveis relevantes, como distância entre os pontos, condições das estradas, restrições de tráfego e capacidade dos veículos.
Neste caso, a inteligência artificial torna-se essencial. Ao combinar algoritmos complexos com grandes volumes de dados (gerados pelo Big Data), a IA permite criar rotas mais eficientes, personalizadas e adaptáveis a diferentes cenários.
Utilizando as variáveis identificadas, cria-se um modelo matemático ou algorítmico que represente o problema de roteirização, levando em conta objetivos como minimização de custos ou tempo de entrega.
Com base no modelo criado e novamente com o auxílio da IA, são geradas rotas otimizadas. Elas atendem às demandas logísticas de forma muito mais eficiente, considerando as restrições e preferências definidas anteriormente.
A IA permite, inclusive, fazer previsões futuras, como estimar o tempo de chegada em um determinado destino, o consumo de combustível e a probabilidade de ocorrer imprevistos.
As rotas otimizadas são programadas e atribuídas aos veículos e aos motoristas, levando em conta disponibilidade de recursos, prioridades de entrega e janelas de tempo dos clientes.
Uma estratégia de otimização interessante é fazer com que as rotas tenham início e final no mesmo ponto. Neste caso, o veículo sai de um ponto e volta para o mesmo local após realizar todas as entregas ou operações.
Isso evita que o veículo fique ocioso ou percorra distâncias desnecessárias, reduzindo custos.
Durante o trabalho logístico, as rotas são monitoradas em tempo real. Isso permite acompanhar o progresso, fazer ajustes conforme necessário e lidar com imprevistos de uma forma muito mais eficiente.
Os resultados alcançados em termos de eficiência, custos e satisfação do cliente quanto ao frete devem ser avaliados continuamente. O objetivo dessa ação é identificar oportunidades de melhoria e refinamento do processo.
Assim, em resumo, tanto o Big Data quanto a Inteligência Artificial são ferramentas transformadoras em empresas que gerenciam suas operações logísticas.
Ao analisar grandes volumes de dados e utilizar algoritmos, será possível otimizar rotas, reduzir custos, aumentar a eficiência e melhorar a experiência do cliente. Invista nisso!
Gostou deste tema? Então aproveite para conferir os principais pontos que você deve encontrar em um sistema de gestão de frotas.