Mercado florestal e economia: relação, impacto e previsões 

O Setor Florestal possui grande destaque para o agronegócio brasileiro. A base econômica desse setor, que abrange a silvicultura, colheita e transporte de madeira, desempenha um papel importante para melhorar a relação entre o mercado florestal e economia.  

Com relevância ambiental e social, além de contribuir para o desenvolvimento econômico do Brasil, o setor florestal tem grande representatividade, conforme apontamento de especialistas na área. 

Para apresentar este cenário elaboramos este artigo. Nele, você entenderá qual é a relação, os impactos e as previsões futuras para o mercado florestal e seus avanços econômicos. 

Como é o setor florestal no Brasil?  

Com grande extensão de terras e clima favorável, o Brasil possui todas as características para a prática econômica do manejo florestal, permitindo uma grande diversidade de produtos.  

O setor tem a capacidade de conduzir um conjunto de atividades e segmentos que incluem a produção e a transformação da madeira em em celulose, papel, painéis de madeira, pisos laminados, madeira serrada, carvão vegetal e móveis, além dos produtos não madeireiros.  

Na área de florestas plantadas, o setor apresenta produção integrada e estrutura produtiva complexa, incluindo fabricantes de máquinas e equipamentos, além de produtores de insumos, projetos de engenharia e empresas de produtos florestais.  

Além disso, de forma voluntária, este setor adota cada vez mais os sistemas de certificação.  

Parte componente da gestão florestal, a certificação atesta a adoção dos mais elevados padrões de rastreabilidade e manejo florestal, incorporando aspectos sociais, ambientais e econômicos que asseguram a origem responsável dos seus produtos. 

Entretanto, mesmo com uma participação significativa na economia nacional, ainda existe espaço para a ampliação da produção e de agregação de valor dos produtos florestais no país e em todo o mundo.  

Todo este cenário indica que a relação entre o mercado florestal e economia se mantém muito forte e com grandes perspectivas de crescimento. 

Mercado florestal e economia brasileira. Relação direta! 

No decorrer dos anos, o mercado florestal brasileiro tem se destacado como um importante pilar econômico do país. 

Dados do Relatório Anual de 2023, que reúne as principais informações do setor florestal brasileiro – elaborado pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) – indicam que houve um crescimento de 6,3% em 2022 em relação ao ano anterior, com receita agregada de R$ 260 bilhões. 

O relatório destacou ainda que as indústrias de base florestal alcançaram marcos significativos na produção, registrando um recorde notável. 

Ao todo, houve uma produção de 8,5 milhões de metros cúbicos de painéis de madeira, evidenciando a robustez e o desempenho excepcional do setor. 

De acordo com a pesquisa, o setor florestal demonstra a sua capacidade de alcance, realizando o plantio, colheita e replantio de árvores em uma extensão total de 9,94 milhões de hectares no Brasil. E essa expansão ocorre principalmente em regiões previamente degradadas ou com baixa produtividade.  

Segundo o relatório, o eucalipto mantém sua liderança nessas áreas de cultivo, abrangendo expressivos 7,6 milhões de hectares, o equivalente a 76% do total.  

O pinus também desempenha um papel significativo, ocupando 1,9 milhão de hectares (19% do total). Além disso tudo, o setor gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos. 

Esses dados evidenciam a abordagem sustentável do setor. Buscando otimizar o uso de terras e contribuir para a preservação ambiental, mas sem se esquecer do aspecto econômico da atividade. 

O que esperar para o mercado florestal em 2024? 

Para 2024, as projeções para o mercado florestal são promissoras, principalmente em razão da união crescente entre os avanços tecnológicos e a sustentabilidade. 

Essa relação tem moldado e impulsionado o setor, elevando a eficiência operacional, o compromisso com ações ecologicamente corretas e claro o aspecto econômico da atividade. 

Estudos realizados pelo Pacto Global da ONU no Brasil destacam que aqueles negócios que adotam as práticas de ESG têm demonstrado um desempenho social e financeiro superior aos concorrentes, em períodos cada vez mais curtos.  

Dados da pesquisa indicam que devido à ausência dessas condutas, cerca de 8,9% das empresas perderam seus negócios. 

O avanço tecnológico também será outro fator que melhorará a relação entre o mercado florestal e a economia. A implementação de tecnologias como a inteligência artificial, monitoramento via satélite, sensores diversos e demais tecnologias permitem uma gestão mais eficiente da operação.  

Ainda sobre isso, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Madeira (ABIMCI), reforça que a tecnologia e sua parceria com a sustentabilidade é a chave para a competitividade no mercado florestal global. 

Isso indica que o investimento em soluções inovadoras e inteligentes maximiza a eficiência das operações, reduzindo os impactos ambientais. Assim que garantindo um crescimento sustentável a longo prazo e uma melhor relação entre o mercado florestal e economia brasileira. 

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