4 tecnologias que ajudam no controle e monitoramento de pragas e doenças de lavouras 

Já foi o tempo em que a produção agrícola funcionava apenas por meio de achismos ou experiência do produtor. Para o controle e monitoramento de pragas e doenças, por exemplo, essa medida não funciona mais! 

Com a agricultura 4.0, grande parte das rotinas de proteção das lavouras podem ser digitalizadas, dando ao agricultor uma série de ferramentas para otimizar métodos de prevenção e combate a insetos, doenças e plantas daninhas. 

Por meio de sensores de Internet das Coisas (IoT), drones, mapeamento digital e inteligência de dados, o agricultor pode monitorar sua lavoura e atuar de maneira mais assertiva, visando a máxima produtividade. 

Monitoramento de pragas: manejo que pode salvar sua lavoura 

Em lavouras, tão importante quanto o uso de tecnologias e inovações é o correto monitoramento de pragas e doenças. Essa é uma prática fundamental na garantia da produtividade nos cultivos agrícolas. 

Através deste monitoramento, que deve ser contínuo, é possível: 

• Saber o momento da entrada da praga no campo; 
• Determinar a situação destas na cultura; 
• Avaliar o nível de dano econômico; 
• Realizar a aplicação de defensivos no momento certo e com mais efetividade. 

Assim, ao conhecer quais são as pragas e doenças incidentes no cultivo é possível determinar qual é a melhor estratégia de controle a ser realizada na lavoura, reduzindo custos e respaldando as tomadas de decisão. 

Porém, para que todos esses benefícios sejam conquistados, o monitoramento deve ser iniciado antes do início do plantio, permitindo o registro de toda a incidência das pragas e doenças desde o início. 

Esse monitoramento deve ser realizado através de amostragens periódicas no campo, que costumam ser diferentes entre os cultivos agrícolas. 

Boas práticas de controle de pragas e doenças 

Como o próprio conceito já salienta, as Boas Práticas representam o conjunto integrado de diversas técnicas de controle das pragas na lavoura. 

Para isso, optar pelo Manejo Integrado, de forma organizada e harmoniosa, é a melhor estratégia. 

Por definição, o manejo integrado de pragas (MIP) é: “uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente, numa estratégia baseada em análises de custo/benefício, que levam em conta o interesse e/ou o impacto sobre os produtores, sociedade e o ambiente”.

Neste contexto, algumas técnicas podem ser consideradas e implantadas dentro do MIP:  

• Monitoramento constante da lavoura;
• Rotação de culturas;
• Controle químico; 
• Controle biológico; 
• Correta adubação; 
• Dessecação pré-plantio; 
• Uso de sementes sadias e/ou tratamento de sementes. 

Dessa forma, a garantia da segurança das plantas contra o ataque de pragas, doenças e plantas daninhas depende das Boas Práticas de Controle desses organismos que, se não controlados, comprometem a produtividade agrícola. 

A tecnologia como aliada no controle e monitoramento de pragas e doenças 

Tanto o monitoramento de pragas quanto os métodos de controle citados anteriormente são fundamentais para o controle de pragas. Mas, quando aplicadas em conjunto com as soluções tecnológicas tais técnicas se tornam muito mais eficientes. 

O uso de ferramentas de georreferenciamento, sensores conectados via Internet das Coisas (IoT), técnicas de aplicação localizadas, entre outros recursos, auxiliam em um controle e monitoramento de pragas muito mais precisos, econômicos e preventivos.  

O mais interessante é que tais tecnologias podem ser aplicadas de diversas formas dentro de uma lavoura. Veja 4 dos principais usos: 

1- Monitoramento das lavouras  

Com a integração de diferentes técnicas de mapeamento (sensoriamento remoto, imagens de satélites, entre outras) é possível criar mapas digitais das lavouras relacionados à incidência de pragas. 

Com isso, o agricultor visualiza a distribuição de pragas na área, permitindo o uso de defensivos no início das infestações e de maneira localizada.  

2- Aplicação localizada  

Outra forma de trazer mais eficiência no controle de pragas é otimizando as técnicas de aplicação dos defensivos químicos. Os drones agrícolas surgem como uma ótima solução para isso. 

Com os insumos acoplados aos drones, a aplicação se torna mais precisa. Tal técnica também traz mais praticidade para a utilização dos defensivos em áreas de difícil acesso. 

3- Sensores  

O uso de sensores está cada dia mais comum na agricultura, contribuindo para inúmeras tarefas. Estes dispositivos podem coletar dados sobre condições climáticas, parâmetros das culturas, do solo etc. consequentemente geram informações que orientam a tomada de decisões do agricultor. 

Para o monitoramento de pragas, os sensores podem ser utilizados, por exemplo, de maneira integrada às armadilhas com auxílio de IA detectando os insetos capturados e fornecendo dados para a elaboração de mapas digitais de monitoramento. 

4- Análise preditiva 

A utilização da big data e de softwares de inteligência artificial (IA) são fortes tendências no campo e certamente vão ajudar no controle de pragas. 

Com análises computacionais sobre o desempenho das últimas safras, fatores climáticos etc., o gestor poderá se prevenir e utilizar as técnicas mais eficientes de controle conforme o contexto de sua safra. 

Essas são as provas de que o controle de pragas e doenças se tornam muito mais efetivas com a tecnologia. Propriedades que investem nesses recursos dão um passo à frente para proteger sua lavoura de uma forma mais sustentável e produtiva. Invista nisso! 

Aproveite para conferir este artigo e entenda por que a agricultura digital é uma das tendências que mais crescem no campo.