Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são a resposta para muitas perguntas sobre como as empresas de logística traçam suas rotas, como os meteorologistas preveem o tempo ou como os engenheiros florestais gerenciam a frota. Você já se perguntou sobre esses processos?
O SIG faz referência as ferramentas computacionais de geoprocessamento que realizam análises complexas ao integrar informações diversas e criar bancos de dados georreferenciados.
No setor florestal, o SIG torna-se fundamental para as tomadas de decisões a curto, médio e longo prazo, como por exemplo a definição de uma rota alternativa de escoamento de produção devido a inundações ou quedas de barreira.
Confira neste artigo o que são os Sistemas de Informação Geográfica e como eles são utilizados em diferentes setores, com destaque para o florestal. Vamos lá?
Os Sistemas de Informação Geográfica, ou simplesmente SIG, são um conjunto de sistemas de softwares e hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar informações diversas sobre o espaço geográfico.
Diante disso, na sua organização base, os SIG incluem elementos chave. Eles são divididos em cinco subsistemas:
Também utilizam a ciência geoespacial e ferramentas baseadas na localização geográfica. Com isso, é possível compreender e extrair informação a partir de diferentes fontes de dados, facilitando a sua interpretação.
O SIG é também o produto de:
Esses produtos são importantes para a análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter-relações entre diferentes fenômenos espaciais.
O SIG, como conhecemos atualmente, teve sua origem com o desenvolvimento do Canadian Geographic Information System (CGIS), ocorrido no início dos anos de 1960.
Na época, três fatores propiciaram a criação dos sistemas de informações geográficas:
Esses fatores ajudaram no fornecimento de ferramentas analíticas, assim como o estímulo aos pesquisadores e profissionais em uma variedade de aplicações.
Porém, nos anos de 1960 e início de 1970, o SIG era ainda restrito a um pequeno grupo de usuários, especificamente devido ao seu alto custo e limitações técnicas relacionados aos equipamentos computacionais.
Já nos anos de 1970 o SIG rapidamente se desenvolveu, advindo do aumento da capacidade computacional e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas, tais como:
Na segunda técnica dos anos de 1980, o SIG ganhou muito espaço, devido a dois fatores principais: o desenvolvimento significativo dos microprocessadores e a proliferação de softwares de baixo custo.
Esses fatores propiciaram a emergência comercial do SIG como uma nova tecnologia de processamento de informações, oferecendo capacidades únicas de automação, gerenciamento e análise de uma variedade de dados espaciais.
Atualmente, a preocupação crescente pelas questões ambientais tem requerido a utilização do SIG de forma cada vez mais usual, por ser uma poderosa ferramenta no gerenciamento e planejamento.
Com o avanço tecnológico, muitas empresas, em campos muito diversificados, utilizam o SIG para fazer mapas que comunicam, realizam análises, compartilham informações e resolvem problemas complexos em todo o mundo.
Logo, os sistemas de informação geográficas são utilizados pelos órgãos privados e públicos, já que permite a maximização das informações coletadas. Veja a seguir algumas das aplicações do SIG:
Além disso, o SIG é um grande aliado da gestão florestal, como destacaremos ainda neste artigo.
Na área florestal ou em qualquer segmento, o SIG e o GPS são termos frequentemente confundidos. Entretanto, eles desempenham funções distintas e complementares. Vamos entender melhor cada um.
Como já destacamos, o SIG trabalha com informações vinculadas a um local específico na superfície terrestre, como mapas, imagens de satélite, dados sobre clima e população.
Logo, ele vai além da simples localização. Ele permite realizar análises complexas, permitindo comparar diferentes conjuntos de dados, identificar padrões, modelar cenários futuros e criar mapas personalizados.
O Sistema de Posicionamento Global (GPS), por sua vez, relaciona-se à navegação por satélite que fornece a localização exata de um dispositivo receptor em qualquer lugar da Terra.
Ele é utilizado para determinar a latitude, longitude e altitude de um ponto específico, sendo essencial para a navegação em veículos, smartphones e outros dispositivos.
Ainda parece confuso? Veja uma breve comparação.
O SIG analisa e visualiza dados geográficos, oferecendo uma visão mais ampla e detalhada de um determinado local. Já o GPS fornece a localização exata de um ponto no espaço, sendo essencial para a navegação e o georreferenciamento de dados.
Com isso, podemos entender qual é a relação entre SIG e GPS.
O GPS é uma das fontes de dados que podem ser utilizadas em um SIG. Suas coordenadas podem ser inseridas em um SIG para localizar pontos específicos em um mapa e realizar análises mais detalhadas.
Os Sistemas de Informações Geográficas são, como vimos, ferramentas indispensáveis para diversas áreas. Com a evolução tecnológica, uma variedade de softwares SIG se tornou disponível, cada um com suas características e funcionalidades específicas.
Na atualidade, os mais utilizados são ArcGis e o QGIS, que possuem integração com os sistemas da Aiko.
O ArcGIS fornece ferramentas para capturar, visualizar, editar, gerenciar, analisar e compartilhar dados no contexto da localização. Ele inclui acesso a milhares de conjuntos de dados e mapas selecionados que podem ser explorados e aproveitados para análise e insights.
Essa tecnologia pode ser usada na nuvem, em dispositivos móveis e em desktops para criar mapas, aplicativos, painéis, cenas e modelos 3D e ambientes de ciência de dados.
O QGIS é um software open source (código aberto) que possibilita a criação de plug-ins programados, permitindo que o usuário possa até contribuir com melhorias para o programa.
É um programa 100% gratuito, de código aberto, que funciona em multiplataformas. Seu crescimento ocorre por meio de uma comunidade de desenvolvedores voluntários, que mantêm o programa sempre atualizado.
No atual contexto, a gestão florestal sustentável é uma necessidade das empresas do segmento. Isso exige conhecimento do território e dos seus recursos, calculando o seu potencial e efetuando um correto planejamento das operações.
Neste campo o SIG é imprescindível. As tecnologias de sistemas de informações geográficas revolucionaram a forma como os gestores florestais passaram a gerir as suas propriedades e as atividades florestais.
No setor, o SIG acrescentou uma maior eficiência ao ordenamento florestal. A partir deles, podemos verificar a aplicação desta tecnologia em muitas aplicações, como:
Além disso, as tecnologias SIG se fazem presentes nas muitas etapas da gestão florestal, desde o planejamento, passando pela operacionalização e respaldando a avaliação dos resultados.
Podemos verificar a sua participação em trabalhos de análise e diagnóstico, inventário florestal, cadastro da propriedade, silvicultura preventiva, projetos de recuperação e na exploração florestal.
Não há como contestar, os Sistemas de Informações Geográficas revolucionaram a forma como as operações florestais são realizadas. Eles conferem uma gama de benefícios que otimizam a gestão e o planejamento dessas atividades.
Acompanhe alguns destes benefícios:
Os SIGs ajudam a criar mapas detalhados das áreas florestais, identificando as melhores rotas para o acesso, plantio, colheita e transporte de madeira.
Por meio do georreferenciamento de dados, a localização e as características de cada árvore são mapeadas, facilitando o controle do estoque florestal e a tomada de decisões sobre a exploração.
Os SIG auxiliam na identificação de áreas com problemas como pragas, doenças e incêndios. Além disso, imagens de satélite e drones podem ser integradas aos SIG para fornecer informações atualizadas sobre o estado da vegetação.
Ao integrar dados climáticos aos SIG, a empresa florestal pode, dentre outras ações, analisar o impacto das mudanças climáticas nas florestas, identificar áreas mais vulneráveis e desenvolver estratégias de adaptação.
Auxiliam na avaliação dos impactos ambientais, como o desmatamento e a construção de estradas. Isso permite identificar áreas de preservação e minimizar os danos ao ecossistema.
Utilizados para identificar áreas de risco, como alta declividade ou próximas a cursos d’água, e desenvolver planos de manejo adequados para minimizar problemas.
Ao integrar dados sobre a produtividade das árvores com informações sobre o solo e o clima, essa tecnologia pode auxiliar na definição das melhores práticas de manejo florestal, aumentando a produtividade e a qualidade da madeira.
Facilitam a comunicação e a colaboração entre diferentes equipes envolvidas nas operações florestais, como engenheiros florestais, técnicos e proprietários de terras.
Ou seja, os SIG oferecem uma série de benefícios para as operações florestais, permitindo uma gestão mais eficiente e sustentável das florestas.
Quer saber mais? Então acompanhe 3 tipos de tecnologia para o monitoramento florestal e seus impactos.